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                         Saudade do Futuro foi um dos filmes exibidos |  Língua portuguesa em destaqueCinema alternativo na UBI
 
 Proporcionar novos horizontes às rotinas 
                        cinematográficas das pessoas foi o principal objectivo do I Ciclo de Cinema 
                        em Língua Portuguesa. Durante três dias foram exibidos documentários, 
                        animação e filmes em português..
 
 
 
 
                           
                            |   | Por Hugo Ribeiro |   
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                    | O I Ciclo de Cinema em Língua Portuguesa, 
                      que decorreu nos dias 7, 8 e 9 de Abril, foi a grande novidade no programa do Festival 
                      Internacional de Música Étnica (Ethnicu) deste ano. "Abranger 
                      o máximo possível de actividades e de potenciais interessados na sétima 
                      arte é uma das preocupações que a Associação 
                      deve ter", afirma Pedro Fonseca, organizador da iniciativa, para justificar 
                      a integração do cinema no Ethnicu. Em alternativa à programação rotineira do festival, a ideia 
                      da AAUBI era inovar e diversificar em outras áreas o evento, sem fugir ao 
                      tema. "Não queriamos que fosse uma coisa descontextualizada do resto 
                      que se passou no Ethnicu e que não fosse tão desligada dos estudantes", 
                      sublinha Pedro Fonseca.
 As dificuldades decorrentes desta ser uma primeira edição do Ciclo 
                      de Cinema obrigou a organização e iniciar os contactos com alguma 
                      antecedência. Apesar disso, a organização encontrou muitas dificuldades 
                      pelo caminho: "os filmes que recebemos não foram em grande número, 
                      e, alguns deles não foram exibidos, pelo facto de não termos equipamento 
                      adequado ao seu formato original", diz Pedro Fonseca, que justifica a escolha 
                      do Anfiteatro 1 da UBI para local das exibições com o objectivo despertar 
                      a curiosidade aos estudantes do Departamento de Comunicação e Artes. 
                      No entanto o evento estava aberto a toda a gente, não só aos alunos 
                      de outras licenciaturas, como à população em geral.
 O programa deste primeiro Ciclo de Cinema incluiu algumas obras conhecidas, mas 
                      também alguns filmes que nunca tinham sido exibido em Portugal.
 Na segunda feira, primeiro dia do evento, foram exibidos três documentários 
                      brasileiros, que retratam histórias do dia-a-dia. Sem Terra, de César 
                      Meneghetti e Elisabetta Pandimiglio, fala dos 15 milhões de pessoas que no 
                      Brasil lutam pelo direito à terra, ao trabalho rural e a uma digna cidadania.
 Viver um sonho de uma realidade socialista descrita no livro A Ilha, de Fernando 
                      Morais, era o desejo de três jovens do Ceará. Para isso, desviaram 
                      um avião e foram para Cuba aprender técnicas de guerrilha. É 
                      a história do documentário Último Pau-de-Arara, de Bené 
                      Saboia e Valdo Siqueira. O filme No Fiel da Balança, de Francisco 
                      Colombo, retrata um mundo de riqueza humana.
 As sessões da tarde de terça foram dedicadas à animação 
                      Dois Diários e um Azulejo, produzido pela ANIMAMOSTRA e à Saudade 
                      do Futuro, um documentário sobre uma cidade contada e cantada em versos 
                      por migrantes nordestinos.
 Um olho para ver, o outro para sentir foi o filme português exibido 
                      na quarta feira, último dia do evento, e conta a história de quatro 
                      jovens cineastas que relatam a sua ligação afectiva a África.
 A adesão superou as expectativas dos próprios organizadores: "por 
                      se tratar de um horário de fim da tarde, as pessoas aderiram, porque estavam 
                      mais disponíveis".
 
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