| Carlos Tomás, administrador da empresa 
                      J. Castanheira, SA, localizada em Castelo Branco, é o novo presidente da 
                      Associação Portuguesa dos Comerciantes de Materiais de Construção. 
                      Submetida a sufrágio a lista única encabeçada pela J. Castanheira, 
                      SA foi eleita por unanimidade.
 Contando 46 anos, este albicastrense de raiz, tem uma vida ligada ao ramo de negócios 
                      de materiais de construção, para além de ter contribuído 
                      para o desenvolvimento do desporto motorizado, tendo sido inclusive, presidente 
                      da Escuderia de Castelo Branco. Foi ainda membro da direcção da APCMC 
                      desde 1989.
 A sua eleição para o novo cargo, segundo refere,"foi não 
                      só uma honra para mim, como também e essencialmente para a empresa 
                      que represento, porque não é todos os dias que se assiste, a que uma 
                      empresa do Interior do País, venha assumir a presidência de uma associação 
                      com 50 anos de existência e com o peso que tem a nível do comércio 
                      nacional".Sendo o sector da construção o segundo da economia 
                      nacional, a associação
 representa 900 empresas, o que permite "a defesa dos interesses dos associados 
                      e ao mesmo tempo proporcionar-lhes alguns benefícios sectoriais". Relativamente 
                      às actividades para o biénio, o presidente salienta que "a criação 
                      a nível nacional de um conselho consultivo" é uma das prioridades 
                      que "esta direcção vai ter, chamando empresas de referência, 
                      no sentido de que a própria direcção se reuna das opiniões 
                      dos nossos colegas a nível nacional, porque nem todo o País é 
                      igual, havendo problemas que se existem numa determinada região, há 
                      outra que não os têm".
 Carlos Tomás, anunciou que durante uma Assembleia Geral da Ufemat - Federação 
                      das Associações dos Comerciantes de materiais de construção 
                      da Europa- a realizar de 18 a 20 de Setembro em Londres, "tudo leva a crer 
                      que a presidência deste importante organismo, venha a ser assumido pelo nosso 
                      País" considerando ser este cargo "um valor acrescentado à 
                      nossa Associação, não só a nível nacional como 
                      também europeu, com a particularidade de ser a primeira vez, que uma associação 
                      de um país do sul da Europa, assume a presidência desta organização 
                      europeia".
 Previsto está ainda a realização do Congresso Anual da Associação 
                      na cidade da Covilhã, nos dias 2 e 3 de Maio. Para apresentar a associação 
                      a que preside, Carlos Tomás, deslocou-se no domingo, 13 e segunda feira, 
                      14, a Madrid onde vai estar presente na reunião da Federação 
                      Europeia dos Armazenistas de Produtos Sanitários e Aquecimento.
 Quebras de vendas de 40 por cento O responsável manifesta a sua preocupação pelo facto de 
                        existir uma projecção do trimestre deste ano "em que há 
                        indicadores altamente preocupantes com quebras de vendas na ordem dos 40 por cento. 
                        Embora esteja céptico, existe no entanto um expectativa para um arranque 
                        no segundo semestre deste ano".Carlos Tomás, espera que a Lei Laboral, possa ter influência para 
                        uma melhoria no sector, advertindo ainda para a concorrência desleal que 
                        se verifica na zona de fronteira com Espanha "há quem esteja a invadir 
                        o nosso País com matérias, que são compradas directamente, 
                        sem facturas, provocando logo uma desvantagem de 19 por cento do valor do IVA". 
                        Para agravar esta situação, o presidente da Associação 
                        salienta que "tratam-se de matérias duvidosas" citando o exemplo 
                        de uma região próxima de Castelo Branco, em que houve uma empresa 
                        que no ano passado foi a uma obra junto da raia espanhola, tendo comprado um saco 
                        de cimento, que posteriormente analisado tinha como sua maior componentecinzas".
 Apesar desta situação, o presidente da APCMC lembra que em Espanha 
                        "existem empresas de grande prestígio no sector, algumas delas a trabalhar 
                        com toda a lealdade em Portugal, inscritas inclusive na nossa Associação.
 
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