Departamento de Engenharia Civil
Engenharia Civil

Ensino de qualidade numa das melhores universidades do País

Com 35 docentes e seis funcionários, o Departamento de Civil (DEC) foi criado em 1980. O corpo docente está organizado em Grupos de Ensino e em Grupos de Investigação criados de acordo com as áreas científicas do curso. Hoje o Departamento vê a sua licenciatura como uma das melhores do País, em que os alunos entram em contacto com a Engenharia Civil através dos trabalhos de campo e das experiências nos laboratórios que dispõem alta tecnologia.


 Por Andreia Reis

Estruturas de apoio



- Laboratórios de Geotecnia (Mineralogia, Petrologia e Geologia, Fotogeologia e Detecção Remota, Prospecção Mecânica e Hidrogeologia, Geofísica, Mecânica dos Solos, Mecânica das Rochas, Geotecnia Ambiental)

- Laboratórios de Construção (Betão e Materiais, Patologia e conservação de Edifícios, Física das Construções, Sala de Exposição de Materiais, Topografia e Desenho Assistido por Computador, Mecânica dos Pavimentos)

- Laboratórios de Mecânica e Estruturas (Resistência de Materiais, Análise de Estruturas, Técnicas Experimentais em Estruturas)

- Laboratórios de Hidráulica e Saneamento (Hidráulica Fluvial, Hidráulica das Estruturas, Saneamento Ambiental

- Laboratórios de Planeamento e Urbanismo (Informática, Análise e Modelação)

- CI - Centro de Informática

- Biblioteca


Estrutura curricular



Duração do curso: 5 anos lectivos


Condições necessárias à concessão do grau: 175 unidades de crédito



Ciências do Desporto- 132 unidades de crédito
Ciências do Desporto- Ramo Ed. Física e Desporto Escolar- 143 unidades de crédito e aprovação em estágio pedagógico



Áreas Científicas Obrigatórias:

- Construção - 24.5
- Física e Química - 14
- Geotecnia - 10.5
- Hidráulica e Saneamento - 7
- Matemática - 31.5
- Mecânica e Estruturas - 14
- Planeamento e Urbanismo - 3.5
- Construção - 14
- Economia e Gestão - 9
- Geotecnia - 3.5
- Hidráulica e Saneamento - 14
Mecânica e Estruturas - 7
Planeamento e Urbanismo - 21
Projecto - 3.5



Condições de acesso:
Provas Específicas:
- Matemática e Física ou Matemática e Química ou Geometria Descritiva e Matemática




Planeamento e Urbanismo, Estruturas e Construção são as duas variantes pelas quais os alunos podem optar no curso de Engenharia Civil na Universidade da Beira Interior (UBI). A criação desta licenciatura começou no ano lectivo de 1988/89. Em 1993 entram os primeiros engenheiros para o mundo da construção. Nessa altura o curso tinha apenas uma variante: a de Planeamento e Urbanismo. Foi no ano lectivo de 1997/98 que Estruturas e Construção começou a funcionar.
Desde 1988 até aos dias de hoje, a Licenciatura de Engenharia Civil tem tomado novas e melhores proporções. O plano curricular tem vindo a ser actualizado de acordo com a evolução do curso que actualmente oferece aos alunos óptimas condições de estudo e de trabalho.
O curso tem cerca de 600 alunos. Cem é o número de estudantes que, por ano, ingressam na UBI distribuídos pelas duas especializações em funcionamento, o que leva a um preenchimento total das vagas disponíveis. Actualmente já foram colocados no mercado de trabalho cerca de 550 licenciados.
O curso em Engenharia Civil da UBI é uma das seis licenciaturas do País que, na sua especialidade, está acreditada pela Ordem dos Engenheiros.
Positiva foi o resultado da avaliação a que o curso já foi submetido pelas comissões externas de avaliação e pela Ordem dos Engenheiros. "As mudanças do curso são decorrentes de uma análise realizada pelas diversas comissões q nos inspeccionam no sentido de nos avaliar", explica Luís António Pereira de Oliveira, director do curso de Engenharia Civil. Isto deu origem a "que o curso evoluísse cada vez mais".
Os responsáveis deste Departamento preocupam-se que os alunos cheguem ao fim do curso altamente qualificados para responder às exigências actuais do mundo de trabalho. O DEC incentiva e dá condições aos docentes para que estes possam leccionar as suas cadeiras.
"O espaço que temos hoje foi considerado adequado e com notável utilização pedagógica dos próprios laboratórios", afirma Luís de Oliveira. Para além disto, o director do curso acha ainda que "existe na UBI um nível de relação entre professor e aluno que não existe facilmente nas outras universidades".
O director de curso classifica o Departamento de "muito harmonioso". O objectivo e o lema de todos os docentes é dar a melhor formação possível aos "alunos engenheiros". "Tenho a certeza que sairão daqui bons Engenheiros", argumenta Luís de Oliveira.
Hugo Ramos, presidente do Núcleo de Estudantes de Engenharia Civil da UBI (NECUBI) sustenta: "enquanto presidente do Núcleo não tenho sentido qualquer tipo de dificuldade em trabalhar conjuntamente com o DEC".
O DEC é o grande responsável pelo curso de Engenharia Civil na UBI ser "um dos melhores do País". Os Grupos de Ensino do Departamento promovem a acualização permanente dos conteúdos programáticos das disciplinas. Os Grupos de Investigação, por sua vez, desenvolvem investigação em domínios científicos da Engenharia Civil e são responsáveis pela prestação de serviços especializados à comunidade exterior.
O Departamento pode prestar serviço nas áreas de Geotecnia, Construção e Informação Geográfica, fazer levantamentos topográficos e arquitectónicos, estudos geotécnicos, acompanhamento e fiscalização de obras, controlo de qualidade de Betão e Materiais, patologia de edifícios e elaboração de projectos de Betão armado e de Estruturas especiais.
O Departamento também propicia aos alunos o uso de recursos que "não são assim tão evidentes em outras escolas, que é o uso gratuito de ploters, entre outros". São objectivos principais da licenciatura que os alunos adquiram conhecimentos necessários para o exercício da sua futura profissão. O tipo de ensino praticado é inovador, "o que motiva os alunos", diz o director do curso.
Grande parte dos licenciados em Engenharia Civil pela UBI fica integrada nas maiores empresas do País. Possuem vastos conhecimentos nas áreas científicas de Hidráulica e Saneamento, Ambiente, Geotecnia, Mecânica e Estruturas, Planeamento e Urbanismo, Construção, Economia e Gestão, o que permite uma fácil adaptação ao actual mercado de trabalho. As propostas de emprego recebidas anualmente pela Comissão de Estágios do Departamento são imensas desde empresas de construção e gabinetes de projecto até serviços da Administração Central e Local.
A evolução do curso e do seu Departamento resultou também do incentivo de docentes aos alunos a participarem em concursos. O prémio SECIL Universidades 2002 atribuído a dois alunos da UBI é um exemplo que mostra a Universidade como "uma das melhores escolas do País". Outro exemplo é o Betão Estrutural 2000. "Apesar de ainda não termos as mesmas armas que as universidades mais velhas", Luís de Oliveira mostra-se contente e sublinha: "os nossos alunos têm mostrando o seu potencial e batem aquelas que se identificam como as melhores escolas do País".
"Pela formação que tive nesta casa sinto que estou a par das melhores escolas de Engenharia do País", declara Hugo Ramos presidente do NECUBI.

DEC ao Serviço da Comunidade Exterior

Apoiar as actividades de ensino e de investigação, bem como a prestação de serviços especializados à comunidade exterior são os objectivos dos Laboratórios do DEC. A responsabilidade dos estudos e ensaios desenvolvidos nestes laboratórios é dos Grupos de Investigação e Prestação de Serviços das diferentes áreas científicas do Departamento. Técnicos especializados, doutorados, mestres e licenciados em Engenharia Civil constituem os Grupos.
O DEC "tem vindo a desenvolver diferentes projectos de investigação em domínios avançados e importantes para o país", salienta Luís Oliveira.
A realização de conferências por parte do Núcleo de Estudantes de Engenharia Civil da Universidade da Beira Interior (NECUBI) também mostra a abertura do Departamento ao exterior. Os temas seleccionados das conferências, a qualidade científica e técnica dos palestrantes e a participação de empresas, oferecem "novos conhecimentos aos engenheiros, arquitectos e técnicos da região". Por outro lados, as conferências também servem para "complementar a formação dos alunos de Engenharia Civil da UBI".
Actualmente o DEC pode prestar serviços à comunidade exteiror nas áreas de Geotecnia, Construção e Sistemas de Informação Geográfica.

"Tirar Engenharia Civil na UBI é uma mais valia"

"O curso já tem terreno nacional", diz Hugo Ramos, presidente do Núcleo de Estudantes de Engenharia Civil da UBI (NECUBI). Desde o corpo docente, do DEC e das instalações até ao ambiente académico, Hugo Ramos acha que tirar Engenharia Civil na UBI "é sem dúvida uma mais valia".
Para o estudante "outra vantagem de tirar Engenharia Civil aqui na UBI é o facto de termos uma componente prática já bastante considerável". Como finalista, está optimista relativamente ao futuro: "estou cada vez mais contente com o curso e tenho esperanças de conseguir arranjar emprego".
Luís Oliveira anuncia que o curso de Engenharia Civil na UBI "passa pela polivalência do ensino e abrange diversas áreas". O director também concorda que "é uma mais valia tirar a licenciatura na UBI". Para além das diversas possibilidades, "o universo e a gama de conhecimentos de Engenharia Civil são muito vastos".
A Matemática e a Física são a prioridade no primeiro e segundo ano do curso. Hugo Ramos diz que esta "é um pouco a formação de base, mas são cadeiras que devem ser revistas". Apesar dos alunos só entrarem realmente em contacto com a Engenharia Civil a partir do segundo ano, a componente prática é bastante acentuada.
Para Hugo Ramos, as dificuldades na Matemática e Física deve-se "à má preparação do ensino secundário". O presidente diz que "a cultura geral parte de cada um". Afirma: "quero ter cadeiras que entrem em contacto com a Engenharia Civil".
O trabalho de campo faz parte do ensinamento desta licenciatura. Topografia, Mecânica dos Solos I e II e Materiais I e II são exemplos onde os alunos têm contacto com a vida real.
Os Laboratórios, com uma área superior a 3.400 metros quadrados, também ajudam os alunos a ter uma visão do mundo real da construção. O ensino está dividido em áreas: o Laboratório de Construções, o Laboratório de Geotecnia, de Hidráulica, o Laboatório de Topografia, de Planeamento, o Laboratório de Solos, os Laboratórios das Estruturas. A maioria desses Laboratórios são de carácter didáctico, pedagógico e alguns deles são quase voltados ao âmbito da investigação. Neles participam os alunos nas aulas e usam a experimentação.
Os Laboratórios da Construção estão apetrechados com todos os equipamentos que possam resolver, estudar e dar soluções aos casos mais comuns nomeadamente nos controles tecnológicos de obras. Há também um Laboratório de Sistema de Informação Geográfica (SIG) que trabalha com cartografia, "que é uma ferramenta muito forte para o Engenheiro".
Para além disto, ainda há uma sala onde os alunos podem desenvolver os seus projectos e maquetagens, uma sala de ensino e recursos informáticos em que os alunos podem trabalhar fora da aula.
Foi criada no ano lectivo 2002/2003 uma disciplina de Introdução à Engenharia Civil. A disciplina tem só um semestre e vem substituir a cadeira de História do Povoamento. Fazer uma espécie de apresentação ao aluno do que é a profissão de Engenharia Civil e o que um Engenheiro Civil faz, é o objectivo da cadeira. Segundo Luís Oliveira "isto serve para tentar dar aos alunos a ideia de que a Matemática e a Física não é só cultura geral, mas as ferramentas do dia-a-dia". Acrescenta: "queremos que os alunos tomem ciência do que lhes vai aparecer e que tenham contacto com a Engenharia Civil".

Restruturação à vista

"O curso será restruturado", afirma o director. Uma discussão em torno de que Matemática e Física é que os futuros Engenheiros deverão aprender é o que os docentes deste Departamento vão fazer. "Temos uma nova proposta de restruturação que passa pela criação de perfis opcionais dentro de um curso de banda larga. Passa também pela criação de disciplinas opcionais que possam dar formação de um Engenheiro de gabinete, o projectista ou o director de obras". Electromagnetismo dará lugar a uma cadeira que "corresponderá mais à formação do Engenheiro Civil".
Embora satisfeito com o curso, o director diz que "é necessário que haja um equilíbrio entre Estruturas e Construção".
Para além de actualmente poderem criar perfis na área de Hidráulica, o director diz "há docentes em formação", o que faz com que, no DEC, hajam cerca de 40 por cento dos doutores. "Com a restruturação, dentro de dois anos, conta-se com cerca de 60 por cento".

"48 Projectos em Investigação"


Em termos pedagógicos, os projectos mais importantes do curso consistem em avaliar a evolução do plano de estudos do próprio curso. Um deles consiste em fazer com que haja uma maior eficiência no ensino das Matamáticas e das físicas e tentar interagir os docentes com as disciplinas de forma a que o ensino seja voltado ao Engenheiro Civil.
O Centro de Engenharia Civil da UBI (CECUBI) é a unidade de investigação dentro do DEC. As linhas de orientação estão inseridas dentro das áreas de ensino que "mais ou menos coincidem com as áreas de investigação que é a área de Mecânica e Estruturas, a área de Construção, de Geotecnia, a de Recursos Hídricos e a área de Palneamento e Urbanismo".
O projecto POCTI (em que as universidades propõem ao Ministério de Ciência e Tecnologia) financiado pela Fundação de Ciência e Tecnologia (FCT) é um dos 48 projectos em investigação em parceria com o DEC. Para além deste, o Departamento tem outro projecto financiado pela FCT. A influência das propriedades físicas e parâmetros morfológicos de granitos e calcários na durabilidade do betão é o nome. "São dois projectos da área da construção do professor Castro Gomes, no qual eu também actuo", salienta Luís de Oliveira. Ter um conhecimento aprofundado sobre as influências de agregados graníticos e calcários na durabilidade dos betões é o objectivo do projecto.
A requalificação do bairro São Vicente de Paulo foi outro projecto liderado por Castro Gomes. "É um trabalho interno do grupo da construção". Luís Oliveira confessa que "há uma metodologia de inspecção para se saber quais as casas prioritárias a necessitar dessa reabilitação". "Há uma metodologia que foi desenvolvida no âmbito do próprio grupo e que se aplica no local".
Os alunos participam nestes projectos juntamente com os docentes nas actividades de investigação. "Ao mesmo tempo que estão a aprender o objecto de estudo, estão também a aprender uma certa lógica de como pensar as coisas, de como investigar".
Há uma série de docentes que trabalham na área de Investigação de Geotecnia Ambiental e prestam serviços "no sentido de serem consultores técnicos e directores junto das câmaras municipais das regiões", acrescenta o director de curso.
Por outro lado, os docentes do DEC são solicitados para "resolver problemas da região de ordem de segurança estrutural". "Atendemos boa parte das consultoras da região no controlo tecnológico das estruturas de betão e temos feito trabalhos de inspecção de estruturas de edifícios que foram submetidos a algum dano".
"O Engenheiro Civil antes de aprender, precisa de apreender e guardar o que apreende para o exercício da própria profissão", conclui Luís Oliveira.

 

Clique aqui para regressar à primeira página