A ilusão das ilusões
















Matrix "Reloaded"

de Andy Wachowski





Por Eduardo Alves




Pensar que a trilogia dos irmãos Andy e Larry Wachowski inventa novas narrativas cinematográficas para o género ficcional é um erro. Tal o contributo de outras trilogias, que aparecem como uma moda, tenham uma capacidade de fazer sonhar o espectador e levá-lo ao sonho.
Mas aquilo que é conseguido por esta dupla é, sobretudo, uma nova forma de apresentar a fabricação de cenas cinematográficas. Num filme onde existe um, agora já, super-héroi interpretado por Keanu Reeves e que dá pelo nome de Neo, vive também uma amada que prende o coração deste, a jovem Trinity (Carrie-Anne Moss).
Nesta edição "reloaded" do primeiro Matrix, estes nobres defensores do bem, têm a função de salvar Zion, a última cidade onde conseguem sobreviver os humanos. Para tal contam com a ajuda de Morpheus (Laurence Fishburne) que ganha neste filme um papel ao nível da sua excelente representação.
Esta missão tem o tempo de 72 horas, 36 são gastas neste filme que serve como episódio de introdução para o final. Um episódio onde as montagens abundam e as novas tecnologias dão um toque subtil num filme que retrata o supremacia dos computadores sobre a mente humana.
Se no primeiro Matrix os Wachowski recorreram a 40 montagens, neste "episódios" o número subiu para as 2500. Foi construído um troço de auto-estrada propositadamente para rodar uma das cenas de maior impacto.
Ganha na ilusão que consegue incutir nos adeptos de "Matrix" e é bem superior, em termos cinematográficos, ao seu antecessor. Está bem conseguido ao nível da sequência e da perspectiva. Características de extrema importância num filme que pode competir pelo lugar mais alto no podium dos efeitos especiais.
O mês de Novembro é a data prevista para a estreia da parte final desta trilogia. Até lá é ver e rever Matrix, mais "reloaded" e entrar na ilusão das ilusões.



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