João Carlos despediu-se do Sporting Clube da Covilhã concluindo assim a sua carreira como jogador


Ficha do Jogo


Campo de Jogos Estádio José Santos Pinto (Covilhã)
(01-06-2003)




Árbitro: Hélio Santos
Auxiliares: Carlos Carmo e Pedro Garcia



Sp. Covilhã- 2
Celso, João Carlos ( 19' Piguita), Moisés (71' Ricardo Viola), Trindade, Hermes, Paquito, Mauro, Anky, Edgar, Tarantini, Rui Morais;
Suplentes não utilizados: Luciano.
Treinador: João Cavaleiro


Desp. das Aves - 1
César Leite, Rhanem (74' Flávio), Victor Manuel, Rochinha, Saná, Quim da Costa, Nelson, Paulo Sérgio, Tó Zé (84' Márcio Tibinha), Marcos António (34' Octávio), Raúl Meireles;
Suplentes não utilizados: Paulo Jorge, André, Saúl.
Treinador: Carlos Garcia

Ao Intervalo: 1-1

Disciplina: ccartão amarelo a Paquito (40'); Rochinha (42') e Victor Manuel.

Figura do Jogo: Celso
Num dia em que o ambiente era de festa, a partida teve o seu momento alto na ovação a João Carlos. Profissional com 16 anos de carreira dos quais oito foram ao serviço do Covilhã, motivo pelo qual foi homenageado.
A figura do jogo foi contudo outra, Celso, o guardião da equipa serrana mostrou uma regularidade impressionante ao longo da época. O clube pode estar muito contente com as suas exibições, graças às quais muitos pontos foram conquistados e mantidos até ao final. Mais uma vez, o herói foi Celso, que evitou muitos golos

Último jogo da época
Ch(aves) de ouro

A época 2002/03 terminou com o Sporting da Covilhã a receber o Desportivo das Aves. O muito público que se deslocou ao Santos Pinto despediu-se da equipa e de João Carlos, atleta que dedicou os últimos oito anos ao clube serrano.


Paulo Galhardo


Com a manutenção na II Liga assegurada, o Sporting da Covilhã encerrou a época em casa, recebendo o sexto classificado, o Desportivo das Aves. Apesar da situação confortável de ambas as equipas, os nortenhos tentaram demonstrar em campo porque razão na primeira volta derrotaram os covilhanenses por três golos sem resposta.
Antes do apito inicial, João Carlos deslocou-se ao centro do terreno para ser homenageado pela sua dedicação ao Covilhã nos últimos oito anos. Concluindo a carreira como jogador profissional de futebol, o atleta emocionou-se com a enorme ovação do público.
A partida iniciou-se num ambiente de festa que para os adeptos serranos só durou mais quatro minutos. Tó Zé aproveitou bem o facto de Marcos António o ter isolado e com um toque de classe desviou para o poste mais distante, fazendo o primeiro golo da partida.
Apesar da vantagem, o Aves continuou à procura de mais golos e Victor Manuel (18') com um remate à entrada da área quase conseguia o segundo.
O treinador da Covilhã, que deu a João Carlos a oportunidade de se despedir do público do Santos Pinto, viu-se obrigado a substitui-lo a meio da primeira parte, quando se tornou notório que o central covilhanense não se encontrava em condições de permanecer mais tempo em campo. Cerca de cinco minutos de aplausos marcaram o fim da carreira de um ao futebolista que dedicou ao Sporting da Covilhã metade dos seus 16 anos de carreira profissional.

Covilhã impõe-se

À passagem da meia hora de jogo Tó Zé cruza da direita para o cabeceamento colocado de Rhanem a que Celso responde com uma defesa que desviou a bola para o poste e de novo para as mãos do guardião.
A saída de Marcos António (34') aparentemente tocado, retirou profundidade ao ataque avilense, sendo que alguns minutos volvidos (38') o empate surgiu da cabeça de Edgar após a marcação de uma bola parada.
De um livre à entrada da área, Paquito (43') chutou com intenção para o ângulo superior mas César Leite opôs-se muito bem.
O interregno aproximava-se mas não sem antes Celso voltar a salvar a sua equipa de mais um golo. Desta feita Nelson (45') após tabelar com dois colegas aparecia isolado mas não conseguiu superiorizar-se a Celso.
O intervalo acalmou o Aves e despertou o Covilhã, que logo no primeiro minuto podia ter-se colocado em vantagem, após canto de Moisés. César Leite soca para a frente e Paquito estoura com a bola a subir ligeiramente sobre a trave.
Hermes (48') atirou de cabeça à trave da baliza do Aves, após cruzamento da esquerda.
Os leões da serra começavam a impôr o seu futebol e de novo de cabeça, Moisés (65') esteve perto do golo após o cruzamento de Paquito.
Mas foram precisos mais cinco minutos para que o golo surgisse (70'), numa bola parada a meio campo sem aparente perigo, Trindade cobra para a área onde Tarantini aparece à vontade e desvia subtilmente por entre as pernas de César Leite.
A desvantagem não agradava ao Aves que foi em busca do prejuízo, Octávio (80') cruzou e de cabeça Tó Zé quase bisava, atirando muito perto do poste.
A última oportunidade da partida pertenceu ao Aves, já no desconto de tempo. Raúl Meireles apareceu desmarcado frente ao guardião Celso, que com muita coragem saiu dos postes e antecipou-se, acabando por se perder a hipótese do empate.
Com esta vitória o Covilhã encerrou com chave de ouro a época 2002/03 no 11º lugar, posição honrosa para um clube que havia sido promovido a este escalão na época anterior.
O Covilhã prepara a próxima época na II Liga, que a partir do próximo ano passará a chamar-se Divisão de Honra.