Por Catarina Rodrigues


Cerca de 20 por cento das crianças inscritas ficam isentas de pagamento


Na última reunião do executivo na Câmara da Covilhã foi decidida a aplicação, no próximo ano lectivo, do pagamento do quarto escalão no ensino pré-escolar.
Segundo Miguel Nascimento, vereador da oposição, "a decisão surge no âmbito de um conjunto de situações que se encontram por regularizar pelos pais das crianças em relação à componente de prolongamento de horário e alimentação", um serviço prestado pela autarquia.
A decisão tomada pelo executivo significa que os pais terão que pagar em função dos seus rendimentos. "Quem ganha mais terá que pagar mais", afirma Nascimento que diz concordar inteiramente com esta medida. Segundo os dados fornecidos na reunião, o valor máximo a pagar por estes serviços poderá chegar aos 150 euros por mês. Miguel Nascimento adianta que "cerca de 20 por cento das crianças inscritas ficam isentas de pagamento pelo facto do rendimento económico dos pais não o permitir".
Os encarregados de educação que não regularizem o pagamento do serviço não terão acesso ao mesmo no próximo ano lectivo.
O vereador socialista lamenta só ter tido conhecimento das reivindicações dos pais através da comunicação social. "Os encarregados de educação que se sentem lesados escreveram para várias instâncias a nível nacional e não enviaram sequer uma cópia ao vereador da oposição".
Nascimento considera que os pais apenas devem exigir a prestação de melhores serviços. "Deve ser assegurada a qualidade na alimentação e uma componente de prolongamento de horário adequada às funções pedagógicas", sublinha. Neste sentido o vereador lembra que a autarquia não pode ter, nesta área, "uma perspectiva de negócio".