Estudo do Observatório Nacional de Saúde
Crianças da Região Centro com mais leite materno
A Região Centro é aquela em que
existe maior percentagem de crianças com aleitamento materno. É
esta a conclusão de um estudo do Observatório Nacional de Saúde,
que revela ainda que a opção por ser mãe é maior entre
os 25 e 34 anos.
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João Alves
NC/Urbi et Orbi
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A Região Centro foi aquela que apresentou, em 1995/96 e 1998/99, a maior
percentagem de crianças com aleitamento materno. É esta uma das
conclusões do estudo "Uma observação sobre aleitamento
materno", do Observatório Nacional de Saúde e do Instituto
Nacional de Saúde Ricardo Jorge, de Fevereiro deste ano, no qual foram
explorados dados sobre aleitamento materno obtidos nos Inquéritos Nacionais
de Saúde (INS), referentes a crianças com idade igual ou inferior
a cinco anos, residentes nas unidades de alojamento que constituíram as
amostras utilizadas nos inquéritos.
Segundo o estudo, no Continente, em 95/96, 81,4 por cento das crianças
teve aleitamento materno, enquanto que em 98/99, esse número subiu para
84,9 por cento, ou seja, um acréscimo de 3,5 por cento. Nestes dois últimos
anos, são os filhos de mães do grupo etário entre 25 e 34
anos aqueles que tiveram maior percentagem de aleitamento materno (86,5 por cento).
Por regiões, a Centro lidera, mas foi o Alentejo que registou uma evolução
mais positiva entre os dois espaços de tempo, um aumento de 11,3 por cento.
Em todas as regiões ocorreu uma diminuição da percentagem
de abandonos antes do mês e meio de vida, e, à excepção
do Algarve em 95/96, mais de metade da amostra mantinha o aleitamento até
aos três meses.
A amostra inquirida foi constituídapor 2298 crianças de cinco anos
ou menos, em 95/96, e 2273 em 98/99. No que concerne ao aleitamento nas regiões,
em 95/96, num universo de 431 crianças, na Região Centro, 86,8 tinhma
tido aleitamento materno. Seguia-se Lisboa e Vale do Tejo, com 84,9 por cento
e no último lugar estava o Alentejo, com 74,4 por cento. Em 98/99, o Centro
continuava a ter a taxa mais alta, embora com uma diferença de uma décima
percentual (86,7). O Alentejo tinha a maior taxa de crescimento (mais 11,3 por
cento, fixando-se nos 85,7) relegando o Norte para o último lugar da tabela,
82,7 por cento. No Centro, nos dois períodos em causa, o sexo feminino
foi o que mais foi amamentado pela mãe. Estas revelavam ter preferência
em serem mães na faixa etária entre os 25 e 34 anos, altura em que
se verificaram mais nascimentos. As mães do Centro revelavam estarem atentas
aos cuidados a ter na vigilância à gravidez, já que 404 crianças,
em 95/96, e 417, em 98/99, tiveram o devido acompanhamento médico, enquanto
que apenas 12, nos primeiros anos, e quatro, no segundo período, não
tiveram . Essas assitência médica foi exercida, na maioria dos casos,
por um obstetra. Em todos estes dados do estudo, é possível verificar
que a duração média de aleitamento foi maior na Região
Centro, encontrando-se acima da média nacional, localizando-se a mediana
às 16 semanas.
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