NC/Urbi et Orbi


A duplicação total da estrada estará pronta em 2006

"É uma vergonha. Só em Portugal é que isto acontece. No estrangeiro, as obras nas estradas, principalmente nas mais movimentadas, são feitas à noite, para não complicar a vida a quem trabalha". O desabafo, irritado, é de Luís Silva, de Alverca, condutor de longo curso, parado no IP5. Os protestos repetem-se todos os dias, porque o cenário das filas intermináveis é o mesmo desde que começaram as obras de duplicação do IP5, entre Vilar Formoso e o nó de Pinhel, numa extensão de pouco mais de 33 quilómetros.
"Infelizmente não podemos pendurar o IP5 para os carros puderem passar por baixo. E as obras não podem ser feitas à noite, porque a pavimentação do piso não suporta o grau de humidade que existe nos períodos nocturnos. Por outro lado, o fogo que utilizamos para abrir caminho também não pode, por questões óbvias de segurança, ser dado à noite", responde ao JN o gabinete de comunicação e imagem da Lusoscut, empresa responsável por todas as obras de duplicação do IP5.
O resultado é apenas um: os protestos dos automobilistas vão continuar. Pelo menos, até ao dia da conclusão dos trabalhos no lanço entre Vilar Formoso e o nó de Pinhel, previsto para o dia 30 de Março de 2004, segundo o mesmo gabinete. Neste troço, a duplicação será feita em toda a sua extensão, podendo as plataformas estarem afastadas de um máximo de 50 metros uma da outra. No lanço que está a ser duplicado , vão ser construídas 22 obras de arte, das quais 19 serão passagens agrícolas e as restantes três, pontes de média dimensão, sendo que uma, ao quilómetro 26, terá uma extensão de 915 metros. A solução adoptada na zona da ponte do Côa é a construção de uma totalmente nova, paralela à existente, para utilização num dos sentidos. A actual será utilizada para o outro sentido.
A duplicação total, entre Vilar Formoso e Aveirto, estará pronta em Junho de 2006.