Por Catarina Rodrigues


A barragem do Viriato já não é suficiente para responder às necessidades

"A paciência está a esgotar-se". A afirmação é de Carlos Pinto, presidente da autarquia covilhanense que se refere à necessidade de resolver o problema da água na Covilhã. Na última reunião da Assembleia Municipal, o edil voltou a lembrar a "urgência" da construção de uma nova barragem nas Penhas da Saúde, na Atalaia (Teixoso) e da recuperação da barragem do Padre Alfredo.
Carlos Pinto afirma que o Governo é o responsável pela existência deste problema e acrescenta que "se até ao dia 31 de Julho não surgir a resposta aguardada do Ministério do Ambiente será tomada uma acção pública de protesto". O autarca não quis adiantar qual será o próximo passo mas assegura que "a Covilhã poderá ter problemas de água já neste Verão".
Há cerca de cinco meses atrás a Câmara apresentou um pedido para o financiamento das barragens. "Não estou a pedir dinheiro do Orçamento de Estado", afirma. Pinto diz não aceitar que o Governo não aprove o que permite evitar a humilhação de Portugal perder fundos comunitários".
O projecto de uma nova barragem foi pedido por Carlos Pinto em 1992. O processo esteve parado e só em 1998 foi concluído. Nessa altura a autarquia pediu também a realização de um projecto para a construção da barragem da Atalaia, no Teixoso. Entretanto nasceu a questão do sistema intermunicipal de água, ao qual a Covilhã acabou por não aderir.
A edilidade candidatou o projecto a fundos comunitários e está preparada para lançar a construção de duas novas barragens e a recuperação de uma terceira. "Aguardamos apenas que o Ministério reconheça a existência de um problema grave de abastecimento de água a um núcleo de 70 mil pessoas de forma a que os concursos públicos possam ser lançados", sublinha o presidente da Câmara.
Carlos Pinto garantiu aos deputados da Assembleia Municipal que neste mandato a Covilhã terá o problema de água resolvido para os próximos 25 anos".