Luís Franco promete incentivar o debate entre estudantes sobre assuntos que lhes dizem respeito
Tomada de posse da AAUBI
Despertar a academia


Reavivar o associativismo e incentivar o debate entre os alunos são alguns dos objectivos dos novos órgãos sociais da AAUBI. Por parte da reitoria surge o apelo para uma maior fiscalização e contenção financeira.


Por Catarina Rodrigues


"Despertar os estudantes para a defesa dos seus direitos e informá-los através dos mais variados meios que existem" é o principal objectivo de Luís Franco, presidente da Associação Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI). Os novos órgãos sociais tomaram posse na passada quinta feira, 26 e pretendem "criar um contacto mais próximo com os alunos". Segundo Franco, os novos dirigentes vão tentar "reavivar o associativismo". Para isso serão feitas "apostas diferentes como o teatro e a música".
No que diz respeito às actividades académicas a primeira a ter lugar será o "Arraial Académico" na segunda semana de Outubro. A Associação irá acompanhar a matrícula dos novos alunos, como acontece todos os anos e conta realizar a Recepção ao Caloiro.
Os protestos contra as novas medidas que o Governo pretende implementar no Ensino Superior prometem continuar. Uma greve, uma manifestação e um plenário podem realizar-se já no início do próximo ano lectivo. Uma acção concertada com outras associações académicas a nível nacional.
"Até agora ainda não existiu um debate entre o Governo e o estudantes" afirma Luís Franco, "por isso é necessário partir para outros métodos de protesto". Os novos órgãos sociais da AAUBI pretendem "incentivar o debate no seio dos estudantes".
Luís Carrilho, vice-reitor da UBI, marcou presença na cerimónia de tomada de posse. Leu a mensagem do reitor Santos Silva que deixou clara a "disponibilidade da reitoria em manter um diálogo aberto com a AAUBI".
O vice-reitor deixou ainda um apelo para "uma maior fiscalização e contenção financeira dada a fase restritiva que o País atravessa". Luís Carrilho disse mesmo que é possível que o número de docentes na Universidade da Beira Interior venha a diminuir. "Todos os anos saem e entram docentes, se continuarmos neste aperto de financiamento é possível que nos próximos dois anos não exista a paridade que tem havido até aqui", afirma. Luís Franco considera que "a UBI já tem falta de professores, ao reduzir o número de docentes a situação será agravada".
A expansão da actual sede da AAUBI, há muito desejada, não é segundo Luís Carrilho, uma prioridade, dada existência de outras necessidades de maior importância.
Maria do Rosário Rocha, vereador da Cultura na Câmara da Covilhã marcou também presença na cerimónia. A responsável assegurou que "a associação pode contar com o apoio da autarquia, dentro das suas possibilidades".