Felício Mendes entregou prémios a dez alunos pelo seu bom desempenho escolar
Fundação Felício Mendes
"A solidariedade pratica-se"

Melhores alunos premiados e várias entidades homenageadas. Uma forma de sublinhar a existência da Fundação Felício Mendes pronta a ajudar quem mais precisa.


Por Catarina Rodrigues


O empresário António Felício Mendes, mentor de uma Fundação com o mesmo nome, ofereceu prémios aos dez melhores alunos da EB 2/3 do Teixoso, sua terra natal. O melhor aluno de cada ano lectivo teve direito a 300 euros e o segundo melhor a 255 euros.
"Andei uma década a funcionar como se fosse uma fundação, pagava livros aos filhos dos meus trabalhadores, dava prendas a pessoas pobres no Natal e já há muitos anos que dou uma prestação monetária todos os meses a idosos do Teixoso e também de Lisboa", conta o empresário. "A solidariedade pratica-se", sublinha. Agora a situação é oficial. A Fundação Felício Mendes existe, apesar de estar ainda em fase de organização, e é composta essencialmente por pessoas do Teixoso prontas a ajudar quem mais precisa.
No passado sábado, 12, foram entregues os prémios aos melhores alunos da escola. Mas ao todo foram atribuídos cerca de 50 prémios a várias entidades e também aos irmãos de Felício Mendes. A ocasião foi ainda aproveitada para homenagear o professor Horácio Neves, fundador da cantina escolar.
Felício Mendes foi para Lisboa com 21 anos para o serviço militar. Regressou ao Teixoso mas acabou por voltar à capital onde se tornou empresário. Actualmente é proprietário de sete empresas na área dos componentes electrónicos e fornece grande parte do que é necessário em Portugal para os rádios técnicos.
Carlos Mendes, presidente da Junta de Freguesia do Teixoso considera que criar esta fundação é "uma ideia brilhante", uma vez que coloca ao serviço da localidade "o sentido de justiça".



Cantina em risco



A Cantina da Escola do 1º Ciclo do Teixoso está em risco de encerrar. À semelhança do que se tem vindo a verificar um pouco por todo o País, a Direcção Regional de Educação do Centro (DREC) pretende colocar uma empresa privada neste serviço. Carlos Mendes diz que esta situação "é um contra senso". O autarca assegura que a escola tem todas as condições para manter a cantina a funcionar, uma vez que "tem o espaço, o equipamento e os trabalhadores necessários".
Se a cantina encerrar os 140 alunos da escola, com idades compreendidas entre os 6 e os 10 anos, terão que se deslocar à cantina da EB 2/3 que se situa a alguns quilómetros de distância. O presidente da Junta de Freguesia não aceita esta situação e assegura que vai apelar às entidades competentes nesta matéria de forma a evitar o encerramento do espaço em causa.