Por Daniel Sousa e Silva


A edição 2003 da Covifeira teve mais de 16000 visitantes

A 15ª edição da Covifeira - Feira Industrial e Comercial da Covilhã contou, segundo dados do departamento de exposições da Associação Nacional de Lanifícios (ANIL), com mais de 16000 visitantes. Carla Antunes, chefe do departamento de exposições da ANIL, declarou que "o balanço possível é que os dias de hoje não são muito favoráveis à realização de feiras".
Uma tendência que, para Carla Antunes, já não vem de agora. "Em outras feiras, realizadas ao longo do ano no Pavilhão da ANIL, a aderência do público têm sido muito menor do que em anos anteriores", comenta.
Das conversas que procedeu com alguns dos expositores da Covifeira, a chefe do departamento de exposições da ANIL tira a conclusão que nem todos ficaram satisfeitos com a edição 2003 do certame. "Algumas das empresas atingiram os seus objectivos e outras não"
João Neves, um dos participantes da feira com a Mobiprestige (móveis em alumínio), sente-se descontente com o baixo número de visitas ao Pavilhão da ANIL. O empresário do Fundão conta que "no ano passado apareceram mais pessoas, o que se traduziu num num maior número de negócios transaccionados". Como motivos possíveis para a falta de visitas refere "problemas de organização", nomeadamente o facto de os espectáculos recreativos incluídos no programa da Covifeira terem decorrido fora da área do certame.
A Papelaria Barroso, do Paúl, foi uma das quatros livrarias participantes na feira do livro da Covifeira. O seu proprietário, Manuel Santos, diz que "as vendas foram tão baixas que não são suficientes para cobrir os custos da vinda à Covifeira".
O programa de espectáculos realizado em espaço separado da Covifeira não teve o sucesso esperado pela organização. Em alguns dos dias da Covifeira, não houve sequer 80 pessoas a assistir às actuações dos artistas. "Os espectáculos estavam a cargo da Câmara Municipal da Covilhã, por isso a ANIL não teve muita influência na escolha do local", justifica-se Carla Antunes.