|  Garantia ministerialCarmona Rodrigues reafirma A23 sem portagens
 
 De visita ao Fundão, o ministro das 
                        Obras Públicas inaugura a variante a Castelo Novo, vê as obras da 
                        Estrada do Rio e fica a conhecer os projectos da Câmara para melhorar as 
                        estradas do concelho. Apoios através do PIDDAC do próximo ano é 
                        que não assegura.
 
 
 
                         
                          |   | Alexandre S. SilvaNC / Urbi et Orbi
 |   
                          |  |   A Auto-Estrada da Beira Interior não vai ter portagens. Pelo menos a médio 
                        prazo. Carmona Rodrigues, ministro das Obras Públicas, esteve de visita 
                        ao concelho do Fundão na quarta-feira,1, e reafirmou o que Durão 
                        Barroso tinha dito na tarde anterior na inauguração de mais um troço 
                        da A10: "Nas auto-estradas já concluídas sob sistema SCUT (Sem 
                        Custos para o Utilizador) vão ser respeitados os compromissos". Ou 
                        seja, "não vai haver portagens". Esta é também 
                        a convicção de Matos Viegas. O administrador delegado da SCUTVIAS 
                        é peremptório em relação a este assunto e lembra que 
                        "existe um contrato que não contempla qualquer pagamento pela utilização 
                        da via e, os contratos são para cumprir".
 No entanto, este é um modelo que, ao que tudo indica, não mais vai 
                        ser seguido pelo Executivo. "O modelo de financiamento é incomportável 
                        para as finanças do Estado, uma vez que há que considerar custos 
                        de manutenção e de segurança", explica o ministro, que 
                        defende o princípio do "utilizador pagador" em futuros investimentos. 
                        Isto quer dizer que a A23 pode muito bem ser a última da sua geração, 
                        uma vez que, a partir de agora, todas as vias semelhantes a construir serão 
                        projectadas com os respectivas zonas de portagens.
 Variante ao Castelejo pronta em 2004
 Numa autêntica maratona de quatro horas pelo concelho fundanense, Carmona 
                        Rodrigues começou por inaugurar a variante a Castelo Novo, visitou as obras 
                        da Estrada do Rio e ficou a par dos projectos da autarquia no que diz respeito 
                        a acessibilidades. E até Hermano Manuel de Almeida, presidente da Câmara 
                        de Pampilhosa da Serra, teve oportunidade para sensibilizar o ministro para a 
                        necessidade de requalificação e ampliação da estrada 
                        entre o Fundão e o seu município, "que permitiria uma alternativa 
                        rápida para Coimbra". O representante do Governo ouviu, concordou 
                        e prometeu estudar o assunto. Mas foi-se embora sem deixar garantias concretas.
 No Fundão, Manuel Frexes, pôs o ministro ao corrente dos mais recentes 
                        projectos da autarquia que incluem variantes a várias freguesias e à 
                        própria cidade, requalificação da Nacional 18 com uma rotunda 
                        no lugar onde se situa agora o cruzamento de Alcaria, e ligação 
                        urbana a Aldeia de Joanes. Para o autarca, a prioridade é mesmo a Nacional 
                        18, uma vez que, defende, "é a que tem maior carga de tráfego 
                        e representa a união dos municípios do Fundão e da Covilhã". 
                        As obras na via ainda não tem data marcada, mas a rotunda, afiança 
                        o edil "já tem projecto pronto e é para avançar no imediato". 
                        Na "lista de urgência" segue a variante ao Castelejo, que passará 
                        a ter uma alternativa ao centro da freguesia a partir do próximo ano. Depois, 
                        vêm as nacionais 352 e a 358 que dá acesso a Coimbra. Para mais tarde 
                        ficam as variantes a Peroviseu, Capinha, e a "grande" variante ao Fundão. 
                        Uma estrada que contorna o sopé da Gardunha e que vai custar cerca de sete 
                        milhões e 500 mil euros. A "menina dos olhos" de Frexes, segundo 
                        o próprio, vai permitir a descentralização do tráfego 
                        pelo centro da cidade, oferecendo, ao mesmo tempo, ligações às 
                        freguesias dos arredores, bem como à A23.
 "A23 não resolve tudo"
 Para Carmona Rodrigues todos este projectos são "legítimos 
                        e importantes", não só a nível local e regional, mas 
                        também nacional. Porque, explica, "é necessária uma 
                        malha rodoviária local de qualidade, que complemente a rede nacional". 
                        O representante do Governo reconhece que a A23 não resolve todos os problemas 
                        e afirma a necessidade de "mais permeabilidade entre o Litoral e o Interior".
 No entanto, questionado sobre a possível integração de algumas 
                        destas obras no PIDDAC do próximo ano, o ministro foi evasivo. O Plano 
                        de Investimentos ainda está a ser trabalhado e terá, responde Carmona 
                        Rodrigues, "que ter em conta as necessidades não só dos autarcas 
                        do Fundão, mas dos de todo o País". Ainda assim, o titular 
                        da pasta das Obras Públicas diz ter conhecimento das expectativas dos autarcas 
                        e populações locais e deixa a garantia de, pelo menos, "tentar 
                        incluir dois destes projectos no PIDDAC de 2004.
 
 
   |