Por Daniel Sousa e Silva


Jean-Claude Roux apresentou as novidades em maquinaria de produção de papel

Jean-François Bloch, da École Française de Papeterie, e Jean-Claude Roux, das Industries Graphiques de Grenoble, dois investigadores franceses, apresentaram seminários sobre os últimos desenvolvimentos na área da produção de papel, na passada quinta feira, 16.
"Contribuição das fibras do eucalyptus português para a qualidade do papel de impressão" é o nome de apresentação realizada por Jean-François Bloch. O investigador começou por estabelecer as suas metas de pesquisa: caracterizar a superfície e estrutura do papel e conhecer profundamente as ferramentas de produção e as técnicas de caracterização do papel. "Aquilo que se procura ao produzir papel é alcançar a melhor qualidade", diz Bloch, mas denota que, quando se refere a este termo, "quer dizer preço". Bloch faz questão de evidenciar que "a economia é um factor essencial na indústria e, por isso também, na investigação".
O investigador francês mostrou que o papel "é um material tridimensional", podendo "ser trabalhado de todos os ângulos possíveis". Para o provar, Bloch apresentou uma recriação virtual de papel em dois filmes. "Ampliando o papel milhões de vezes, pode-se constatar que é um material com uma textura porosa", conclui.
Jean-Claude Roux, que trabalha há vários anos em colaboração com a UBI em cursos de mestrado e teses de doutoramento, realizou uma apresentação intitulada "Últimas inovações em matéria de máquinas para papel de impressão". Os resultados que o investigador mostrou no seu seminário foram possíveis graças a teses de doutoramento. Roux exibiu a evolução das máquinas de impressão de papel desde os tempos da antiga impressão de jornais em prensas até ao moderno método de impressão de fotografias.