Por Daniel Sousa e Silva


Os alunos de Jornalismo Radiofónico têm a possibilidade de experimentar o que vão encontrar no mercado de trabalho

A Rádio da Universidade da Beira Interior (RUBI) é a mais recente estrutura laboratorial de apoio à licenciatura em Ciências da Comunicação. A primeira emissão, a título experimental, deu-se na passada quarta feira, 5. O objectivo, como explica João Canavilhas, docente da disciplina de Jornalismo Radiofónico, é “preencher um dia da semana com emissão de rádio e televisão, já que a RUBI e a TUBI utilizam a mesma infra-estrutura de distribuição”.
A RUBI é transmitida às quartas feiras, das 14h às 18h, utilizando a infra-estrutura da TUBI. “A emissão é ouvida nos televisores, pelo que a maior parte das pessoas nem se deu conta do que estava a acontecer”, lamenta o docente.
Em dia de recepção ao caloiro e de manifestação nacional, terão sido poucos os que ouviram a emissão. A emissão começou às 14h e terminou às 18h: para além de música, incluiu três jornais (15, 16 e17h), três flashes noticiosos (15h30, 16h30 e 17h30) e uma entrevista com as tunas da UBI. “Para uma primeira experiência, penso que foi extraordinário”, avalia.
A estrutura não se trata de um projecto de rádio efectivo, uma vez que não existem nem meios técnicos nem humanos para uma emissão regular. O que existe é um Laboratório de Rádio, constituído por um estúdio e uma redacção, algo que, para o docente, evidencia a ideia de se pretender dotar os alunos de competências técnicas “numa área que até agora não tinha sido explorada”.
A disciplina de Jornalismo Radiofónico foi introduzida na última reformulação curricular da licenciatura, por isso João Canavilhas assegura que “o Laboratório de Rádio surge no exacto momento em que é necessário”.
Uma das possibilidades abertas foi a colaboração com rádios locais. “Já foram efectuadas reuniões com duas rádios e vamos optar pela produção de programas e de notícias para as rádios locais.”
O projecto inicial para a criação de uma rádio, embora contasse com o apoio da UBI, pertencia à Associação Académica da UBI e foi iniciado em 1998. [ver notícia] “Foi elaborado o projecto e, por falta de frequência disponível na Covilhã, fez-se a candidatura a uma frequência no Sabugal. Em 2000, frequência foi atribuída a outro concorrente e o processo morreu por aí”, relata o docente.