“Nude" consegue ser um álbum 
                                ao mesmo tempo arrojado e fiél ao que já 
                                habitualmente os Ramp, ao longo dos últimos 
                                quatro trabalhos de originais, nos tem oferecido. 
                                Este registo é acima de tudo, uma aposta 
                                nítida numa nova imagem do grupo, bem mais 
                                audaciosa e que denota um aprumado sentido estético.. 
                                Um cd com um conceito muito 'arty', com design 
                                apelativo e fora de série, que inclui o 
                                título do álbum em braille (está 
                                prevista a edição de cadernos com 
                                as letras do álbum em braille). Mas falemos 
                                do álbum propriamente dito. O grupo de 
                                Rui Duarte (vozes), Ricardo Mendonça e 
                                Tozé (guitarras), Paulo Martins (bateria) 
                                e João Sapo (baixo) consegue fazer jus 
                                ao metal feito cá em casa, que é 
                                como quem diz, revela a verdadeira essência 
                                do nosso metal feito de "carne e osso", 
                                de energia e de sentimentos aparentemente díspares, 
                                mas que encontram na música dos Ramp, uma 
                                forma de se entrecruzarem. "Nude", o 
                                quinto álbum de originais, parece dar nova 
                                vida à banda.