Pires Manso é o responsável máximo pelo ODES
ODES organiza seminário internacional
Fortalecer parcerias

A Covilhã foi o local escolhido para um seminário com parceiros nacionais e internacionais do Observatório de Desenvolvimento Económico e Social, sediado na UBI.


Por Daniel Sousa e Silva


A UBI encontra-se envolvida no projecto ReAdapt – Rede para o Desenvolvimento Económico e Social do Concelho da Covilhã, financiado pelo programa europeu Equal. O apoio financeiro deste programa resultou na criação do Observatório de Desenvolvimento Económico e Social (ODES). O projecto tem uma componente internacional que já levou à organização de jornadas de trabalho em Itália, Espanha e Inglaterra.
Desta vez, o local escolhido foi a Covilhã. O seminário decorreu nos dias 29 e 30 de Janeiro.
José Pires Manso, responsável pelo ODES, refere que o seminário “correu muito bem”, tendo sido essa a impressão que lhe têm transmitido “outras pessoas ligadas ao projecto”.
Os momentos altos do primeiro dia, que decorreu no pavilhão da Associação Nacional da Indústria dos Lanifícios (ANIL), de acordo com Pires Manso, foram a apresentação da marca SOBERBIA, em que se mostraram os resultados da experiência de cooperação entre empresas de vestuário em Castilla La Mancha (Espanha), por Juan Gualda, presidente da Federação de Empresas de Economia Social, e da marca MGlass, um caso de sucesso de cooperação empresarial no sector vidreiro. “Foi extremamente interessante”, considera.
O segundo e último dia de seminário internacional começou com uma exposição por parte de Pires Manso dos feitos do ODES e principais objectivos futuros.
O objectivo do Observatório, segundo Pires Manso, é “recolher e tratar informação económica da Beira Interior. Como exemplo de acções já realizadas e em curso pelo ODES, Pires Manso aponta “as reuniões mensais com todos os parceiros” e a construção de um “barómetro laboral”, através de inquéritos a trabalhadores, e outro “empresarial”, com inquéritos dirigidos às empresas de lanifícios e confecções da região.
Entre os parceiros do ODES estão a UBI, a Câmara da Covilhã, a ANIL, o CILAN, o CIVEC, e outras entidades da região.

Planos para o futuro

Para o futuro imediato, o ODES propõe-se identificar “os empregos do futuro, as necessidades de formação e dos ramos de actividade em emergência e decadência na região”, anuncia o responsável pelo Observatório, admitindo que ainda fica “em falta” a realização de estudos de transferência de tecnologia entre regiões do País, vindas do estrangeiro e de outros “temas muito actuais”, como a economia da cultura ou da estratégia.
Novos resultados de estudos feitos pelo ODES podem ser conhecidos publicamente “a qualquer momento”, garante Pires Manso.
José Soares, director do Centro de Emprego da Covilhã, falou sobre casos de empresas de inserção na Beira Interior, que oferecem “vários tipos de trabalho”. A jardinagem ou a construção civil são dois exemplos.
À falta de formação adequada e à propensão de certos estratos da população para o desemprego de longa duração estas “empresas de inserção ajudam a quebrar estas tendências”, afirma. Vai ser criada, no futuro próximo, mais uma empresa de inserção na região. “Deverá ser inaugurada por volta de dia 15 de Fevereiro, em Belmonte”, tornando-se a oitava empresa do género na região, mas o director do Centro de Emprego da Covilhã está convicto que, até ao final do ano, “o número ascenda a 12”.
A jornada de trabalho encerrou com a assinatura de um protocolo de colaboração entre a Câmara Municipal da Amadora e o projecto ReAdapt, representado por José Robalo, presidente da ANIL. O protocolo assinado tem como objectivo permitir a implementação na Covilhã, a partir de Fevereiro, do Portal de Oferta de Emprego e Formação Profissional, acessível no site www.covilhaonline.org.
O próximo seminário internacional decorre em Abril na Finlândia, e volta a acontecer na Covilhã “em Junho ou Julho” deste ano.