Anabela Gradim

Muitos anos de vida ...


O Urbi @ Orbi comemora com este número quatro anos de edição semanal ininterrupta, em duzentos e nove exemplares que podem ser revistos, na totalidade, a partir do arquivo digital que se encontra on-line. É obra, fruto da persistência e do trabalho árduo dos muitos alunos-redactores e chefes de redacção que já teve; e também do seu director, que todas as semanas chama a si a responsabilidade de escrever o editorial.
E digo que é obra, e motivo de orgulho para toda a comunidade ubiana, porque jornais há muitos, e jornais escolares também. Mas nunca uma escola portuguesa conseguiu, com esta regularidade e dimensão, produzir uma edição que conhecesse tanta durabilidade no tempo. Se imprimissemos hoje os 209 urbis digitais teríamos milhares de páginas a partir das quais é possível reconstituir a vida da região nestes últimos quatro anos, mas sobretudo, as iniciativas, cerimónias e eventos que são o pulsar da vida desta academia.
Por causa disto – da tenacidade, da persistência, e do seu prolongamento no tempo -, cada ano que passa há razões para estar um pouquinho mais orgulhoso por este Urbi se vir mantendo, ao arrepio do que sucede com tantas outras publicações, não só escolares, mas também projectos profissionais (caso do Zero Horas, entre outros).
Enfim, feito o elogio da quantidade, que é uma característica que neste caso vale per se, uma palavra para a qualidade. Todos os jornais que tenham mais de seis edições conhecem números de qualidade irregular, em parte por causa da estreita dependência face aos acontecimentos do mundo, outras vezes por razões endógenas. O Urbi não é excepção. Tem números bons, muito bons, e menos bons. E isso é a ordem natural das coisas - o contrário é que supreenderia. Mas tem sempre, e deve-o à direcção, cumprido o seu estatuto editorial, informando com objectividade, isenção e rigor, e não embarcando em campanhas ou cruzadas. Dar voz a todos os pontos de vista é o seu lema, como deveria ser o de qualquer jornal.
Sou uma decidida adepta do digital, mas a edição mensal, em papel, do Urbi, é um complemento indispensável ao trabalho que este vem desenvolvendo no ciber-espaço e uma forma de conceder dignidade e perenidade aos acontecimentos mais relevantes do espaço temporal de cada edição. Tudo, pois, no bom caminho.
Posto isto – que o Urbi está de parabéns, e toda a UBI tem razões para se alegrar - o seu a seu dono, e os agradecimentos a quem os merece: ao incansável director, à reitoria que apoiou o projecto desde a primeira hora, à Catarina Moura, Raquel Fragata, Catarina Rodrigues, Ana Maria Fonseca e Daniel Silva, que, à vez, assumiram a chefia da redacção e deram vida às mais de duzentas edições semanais do Urbi. Muito obrigada.