Projecto em negociações
Nova localização para a estação de comboios

Andreia Reis
NC/Urbi et Orbi


“A Estação da Covilhã vai ser uma surpresa para a cidade dentro de algum tempo”. Esta é a ponta do véu que Carlos Pinto, presidente da Câmara Municipal, levanta na sexta feira, 6, à margem da reunião do executivo. Sem adiantar grandes pormenores sobre esta ideia, o único facto que o autarca revela é que, não haverá uma requalificação, mas uma construção de uma nova estação de raiz. “Em vez da reformulação daquela que existe, será uma estação de raiz colocada noutro sítio da cidade”, revela. Na verdade, a ideia é “mudar completamente a localização da estação”. A já existente, de acordo com o edil, “ficaria no mesmo local como uma espécie de afectação que ainda não está pensada”.
A REFER, empresa responsável pelas infra-estruturas portuguesas é, como sublinha, “a empresa que está constituída para esse efeito de gestão do património”. Neste momento, o projecto encontra-se em negociações. No entanto, até ao final deste mês, já deverá haver mais informações sobre a nova estação. “Estamos numa fase de negociação e está em estudo a gerência desta nova execução e eu julgo que até ao final deste mês, vamos ter uma resposta da REFER sobre as intenções da Câmara”. Para o edil, esta é “uma solução com outra dimensão de futuro”.

Pinto garante electrificação da linha até 2006

Em relação à electrificação da linha até à Guarda, Pinto assegura que esta estará garantida até 2006. O presidente vê a linha da Covilhã para a Guarda como uma “linha estratégica para o País”. Para além de situações em que necessidade aperta para uma alternativa, a linha da Beira Baixa tem que estar preparada para saber dar uma resposta. Na opinião do autarca, “as ligações a partir do Interior são necessárias em termos nacionais quando a linha da Beira Alta fica interrompida”.
A saída de alternativa dos comboios a partir da fronteira é, no entender de Carlos Pinto, “uma noção que todos devem ter”. Convencido de que o País não vai deixar de ponderar este aspecto”, o presidente serrano reitera a ideia de que está convencido que a CP vai electrificar a linha até 2006.
Já céptico relativamente a qualquer tipo de apoio indo do Governo, está Miguel Nascimento, vereador da oposição. O socialista salienta que há muito defende a continuação do projecto da electrificação até à Guarda. “Não faz sentido haver electrificação de Lisboa à Covilhã, quando a ligação até à Guarda, à fronteira e a toda a região faz-se por um auto-motora a 40 quilómetros por hora”. Nascimento diz que este Governo só pensa “no esvaziamento da região”. Razão pela qual duvida dos apoios vindos da administração central.