Visita de Secretário de Estado da Justiça à cidade
Covilhã pede ao ministério da Justiça nova cadeia

Ana Ribeiro Rodrigues
NC / Urbi et Orbi


O presidente da Câmara Municipal da Covilhã aproveitou a deslocação do Secretário de Estado da Justiça à cidade, no dia 18, para lhe dar conta da pretensão da autarquia em celebrar um protocolo com aquele ministério, com vista ao estudo de uma possível localização do Estabelecimento Prisional Cova da Beira, que quer ver construído no futuro.
Carlos Pinto levantou a questão de analisar a prazo a localização da actual prisão devido às transformações verificadas na zona. "Na nossa cidade tem-se vindo a verificar uma densificação da construção naquela área, a própria proximidade das escolas e o desenvolvimento das instalações dos Serviços Municipalizados" são alguns dos motivos apontados pelo autarca covilhanense para se começar a pensar em transferir os serviços dali.
De momento o edil diz que a autarquia não tem ainda qualquer solução em vista. "O protocolo aponta para o estudo desta problemática através de uma comissão especializada, para encontrar uma localização adequada para esta finalidade", sublinha Carlos Pinto.
Miguel Macedo entende que se o presidente da Câmara acha que é necessário ponderar uma resolução futura a questão "deve obviamente ser estudada no Ministério da Justiça", e disse que vai ele próprio conversar com a ministra sobre o assunto.
"Não é uma questão premente, no sentido de que amanhã tem que estar resolvida. Mas é uma questão que deve começar a ser ponderada hoje, para ter em tempo útil uma solução adequada para servir os interesses de expansão urbana da Covilhã", acrescenta o Secretário de Estado da Justiça.

Gabinete Médico-Legal tem boas condições

Miguel Macedo, horas antes da visita à Guarda, onde inaugurou as novas instalações do Gabinete Médico-Legal do Hospital Sousa Martins, deslocou-se também à mesma valência no Centro Hospitalar Cova da Beira, que elogiou. "Já sabia que aqui se fazia um bom trabalho e que estas instalações têm condições para prestar um serviço de qualidade", frisa.
O governante sublinhou ainda o "contributo importante que estes gabinetes dão à justiça". "Porque melhores perícias significam depois melhores condições para decidir melhor e depressa", explica. E dá o exemplo de processos que se atrasam nos tribunais por estarem a aguardar o resultado de perícias, que não têm condições para ser feitas em tempo útil.
Carlos Abreu, director do gabinete, refere também que ali não se fazem apenas autópsias. "Fazem-se exames de penal, de civil e os exames de trabalho, com os sinistrados do trabalho", enumera. Para além disso Carlos Abreu menciona o apoio dado à Universidade da Beira Interior. "Todos os alunos da faculdade de Medicina passam pelo gabinete, assistem às autópsias e tomam contacto com medicina legal", observa.