Na Figueira da Foz o Covilhã dominou, mas o Naval controlou. Os serranos somaram a 15ª derrota da temporada
Liga de Honra
Eficácia do Naval atrasa Covilhã

Na Figueira da Foz, o Covilhã foi superior, mandou no jogo, mas não conseguiu pontuar. A Ovarense venceu o Santa Clara e aumentou o fosso que separa os “aflitos” da linha de água.


NC / Urbi et Orbi


Repetiu-se a história da última época. Na Figueira da Foz, o Covilhã foi quase sempre mais equipa, dominou, mas não conseguiu “roubar” qualquer ponto. João Cavaleiro, como é habitual, lançou em campo um onze agressivo com o habitual tridente ofensivo (Oseias, Hermes e Tarantini) à frente de um meio campo composto por Ankyofna, Bruno Caires e Rui Andrade.
A formação da Naval, por seu turno, apesar de jogar em casa apresentava-se com apenas um homem de área: o ex-benfiquista Anderson Luís. Tal como no ano passado, a turma local fechou-se atrás da linha do meio-campo mal se apanhou em vantagem. E esta veio muito cedo. Ainda não estavam decorridos três minutos do jogo, e já os da casa se adiantavam no marcador. Fernando, muito oportuno, surge ao segundo poste sem qualquer marcação e cabeceia para o fundo das redes. Celso nada podia fazer.
Os serranos não acusaram, no entanto, o golo e partiram para cima do adversário, enquanto a formação da casa, que mantinha dez jogadores atrás da linha da bola ia tapando os caminhos para a baliza. A pressão foi tanta que, aos 20 minutos a equipa beirã consegue chegar ao golo. Oseias aproveita da melhor forma uma falha de Fernando, entra na área e atira forte para dentro da baliza à guarda de Dani. Estava reposta a justiça no marcador.
Mas a alegria dos forasteiros durou pouco. Um minuto depois, na jogada imediatamente a seguir ao golo, a defesa do Covilhã fica a “dormir”, não alivia a bola e Anderson Luís aproveita a confusão para colocar a sua equipa de novo em vantagem.
Depois, voltou tudo ao mesmo, que é como quem diz: A Naval voltou a meter 10 homens atrás da linha da bola e Anderson sozinho lá na frente. A estratégia era simples: bombear bolas para a frente, na esperança que o brasileiro conseguisse soltar-se da marcação e ampliasse a vantagem.

Covilhã domina mas não marca

O segundo tempo abre com o Covilhã a criar novas oportunidades de perigo. Mas nem Gérson, primeiro, nem Piguita, depois, na sequência de um livre e de um canto, respectivamente, conseguiram dar o melhor seguimento aos cruzamentos.
A turma serrana dominava a todo o campo, mas deparava-se, no último terço do terreno, com uma muralha demasiado densa para ser ultrapassada. Oseias e Rui Andrade ainda experimentaram a meia-distância, mas os remates nunca levaram a pontaria desejada. A Naval, por seu lado, geria a vantagem e não arriscava nada ofensivamente, a não ser no “pontapé p’rá frente”, à procura de Anderson.
Completamente dominados pelos serranos, os navalistas só respiraram quando, a 25 minutos do fim, Orlando (que entrou a substituir Tarantini) foi expulso, ao que tudo indica por palavras dirigidas ao árbitro da partida. A jogar com apenas dez elementos, o Covilhã acabou por perder fulgor, e se ameaçar a baliza de Dani já era complicado, a partir de então tornou-se missão quase impossível. Porque nem a jogar contra dez, a Naval abdicou da sua postura ultra-defensiva. Só nos instantes finais, a equipa da casa deu um ar de sua graça e tentou aproximar-se da baliza de Celso. O resultado, no entanto, já estava feito desde os 20 minutos.
Com esta derrota, o Covilhã vê a manutenção ficar mais longe. A Ovarense venceu o Santa Clara por 3-1, e distanciou-se ainda mais da linha de água. Os serranos precisam agora de nove pontos para ascender aos lugares que dão direito a permanência.
Na próxima jornada o Covilhã regressa a casa para receber o Feirense. A formação duriense ocupa uma confortável posição no meio da tabela e vem de uma derrota caseira frente ao Salgueiros. Aos beirões, só a vitória interessa para continuar a sonhar com a manutenção.