A cada jornada que
passa o Covilhã aproxima-se cada vez mais da II
B. A turma serrana visitou Ovar e regressou a casa com
mais uma derrota – a 19ª - comprometedora para
as aspirações de manutenção.
Em apenas cinco minutos, entre os 24 e os 29, os “vareiros”
resolveram a questão. Com dois golos ainda na primeira
metade, de certo modo bafejados pela sorte, o conjunto
da casa criou uma boa margem de manobra para gerir até
final. E nem uma segunda metade bastante aguerrida por
parte dos “leões” chegou para contrariar
os ovarenses.
Com algumas faltas de vulto – Gérson, Ankyofna
e Rui Morais não puderam alinhar – o conjunto
da Covilhã fez um pálida entrada no Estádio
Marques da Silva. Sem fio de jogo e sem preponderância
no meio-campo, os “leões” fora presas
fáceis para a turma de Ovar que aproveitou o desnorte
dos forasteiros para controlar a partida. A jogar a favor
do vento – e que vento – a formação
de Ovar conseguia sair rapidamente para o ataque e romper
o sector defensivo beirão. Aos 24 minutos, e depois
de duas tentativas falhadas, os da casa chegam mesmo ao
golo com um pouco de sorte à mistura. Leandro bombeia
a bola para a área, Piguita consegue rechaçar,
mas a bola sobra novamente para Leandro que, apesar do
remate defeituoso, vê o vento corrigir a trajectória
da bola que se aloja no fundo da baliza de Celso.
Os covilhanenses acusaram o golo e, poucos minutos depois
consentiram o segundo. Piguita não consegue aliviar
um centro de Marco Abreu e a bola sobra para Madaleno
que, em pontapé acrobático espectacular,
faz o 2-0.
Apenas à passagem da maia-hora o Covilhã
consegue acercar-se com perigo da baliza de Mingote. Primeiro
foi Tarantini atira ao lado e, pouco depois, seria Oseias
a rematar às malhas laterais da baliza.
Domínio na segunda metade não chegou
Mas seria necessário esperar pela segunda metade
para ver um Covilhã mais aguerrido e empenhado
na procura do golo. Orlando, a cruzamento de Hermes, cabeceia
ao lado quando tinha tudo para atirar à baliza.
Depois, é Cordeiro que remata a rasar o poste e,
de seguida, Oseias vê um central adversário
negar-lhe o golo ao aliviar a bola mesmo em cima da linha
de baliza. Os serranos comandavam as operações,
criavam perigo constante, mas tal como em tantas outras
ocasiões ao longo da última época,
não conseguiam concretizar. O resultado acabaria
por não se alterar e Covilhã voltava a não
conquistar qualquer ponto. A turma de Cavaleiro, que foi
obrigado a mexer no xadrez da equipa muito precocemente,
acabou por pagar no segundo tempo, a factura de uma primeira
parte sem chama, sem garra, em que a Ovarense praticamente
não encontrou resistência.
A quatro jornadas do final da temporada, com 12 pontos
para disputar, os serranos estão praticamente condenados.
A formação beirã continua no último
posto da tabela e a 10 pontos da linha de água.
Em caso de derrota no próximo domingo, frente ao
Marco, ou caso o Portimonense pontue com o União
da Madeira, os “leões da Serra” carimbam
em definitivo o passaporte para a II Divisão B.
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