A exposição está aberta ao público durante o horário de expediente da UBI (8h-19)
Exposição de fotografia
Memórias da indústria dos lanifícios

A Sala de Exposições Temporárias do Museu dos Lanifícios da Universidade da Beira Interior (UBI) acolhe uma mostra de fábricas de lanifícios da Covilhã, muitas delas já extintas.


Por Daniel Sousa e Silva


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A exposição de fotografia patente na Sala de Exposições Temporárias do Museu dos Lanifícios da UBI desde a semana passada decorre de um protocolo estabelecido entre o Museu dos Lanifícios e o Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR), de forma a se fazer um levantamento do tecido industrial da Covilhã.
“No âmbito do projecto TRANSLANA fez-se toda a investigação, e este ano aprofundámo-la, com o objectivo de se proceder à publicação dos resultados à Câmara da Covilhã”, conta Elisa Pinheiro, directora do Museu. Esta exposição é uma espécie de antecipação desses resultados. “De 114 fábricas já inventariadas, seleccionamos 36 das mais importantes, em função da sua importância histórica ou do simples facto de existir ou não informação gráfica de uma fase inicial dos edifícios e do seu aspecto actual”, explicita.
A exposição funciona também como “um teste à informação já recolhida” pelo Museu. A directora adianta que “ainda há alguns dados que faltam, mas quisemos torná-los públicos como uma experiência”. O estudo deverá estar concluído até ao final do ano.
A escolha da integração da exposição nas comemorações do Dia Internacional dos Museus deveu-se ao mote deste ano (Museus e Património Imaterial). “É a lembrança do trabalho fabril, que se reporta a edifícios, mas também a cenas de trabalho com pessoas e laboração”, explica. Por isso, Elisa Pinheiro considera que o relembrar de edifícios já desaparecidos ou reaproveitados pode funcionar para a reflexão dos actuais covilhanenses. A directora deu o exemplo do Pólos das Engenharias da UBI “ainda referenciada por muita gente como a Empresa Transformadora de Lãs”. “Sempre que possível tentou-se colocar na exposição o antes e depois dessas infra-estruturas”, conclui.