Por Eduardo Alves


Os livros foram os produtos de maior procura

Perto de duas dezenas de comerciantes marcaram presença na Feira de Antiguidades promovida pela Câmara Municipal da Covilhã. Um evento que decorreu durante o passado fim-de-semana na Praça do Município e que está inserido num conjunto de certames pensados para animar a zona central da sede de concelho.
Os muitos visitantes que foram aproveitando as primeiras noites de Verão, passavam os olhos pelas barraquinhas que mostravam vários objectos. No meio de tamanha diversidade, a idade é o único ponto em comum. Objectos que pelo avanço tecnológico foram sendo substituídos no uso quotidiano. Máquinas fotográficas do começo do século XX, candeeiros de petróleo, e inclusive um ou outro móvel que morou as últimas décadas, perdido num sótão ou arrecadação. Tudo serviu para troca. As compras no final do mês não correram tão bem como o clima, mas os participantes mostraram-se agradados com a ideia.

Livros são principal atracção

Alfarrabistas ou amantes da literatura, os vendedores de livros antigos, distinguiram-se por entre os restantes feirantes. Desde "Os Lusíadas" de Camões, até aos primeiros livros de José Saramago, foi possível encontrar de tudo um pouco nesta venda. Caixotes com inúmeras publicações, umas mais bem conservadas que outras, preenchiam os espaços dedicados aos feirantes.
O maior número de visitas verificou-se neste tipo de produto, que poderia sempre ser complementado com moedas antigas, selos ou colecções de postais. As histórias do passado ainda mexem com os compradores do presente. O livro "nunca está fora de tempo", afiança um dos vendedores e "sempre pode dar uma visão do futuro".