Carlos Pinto explicou ao público da reunião que o preço é reflexo dos investimentos
Reunião de Câmara
Águas agitadas na Covilhã

Covilhanenses mostram-se descontentes com os tarifários da água praticados pelos Serviços Municipalizados. O presidente da autarquia promete o alargamento do escalão mais baixo.


Por Eduardo Alves


Volta a polémica sobre o preço da água no concelho. A última reunião do executivo camarário, realizada na passada sexta feira, dia 18, contou com o protesto de um grupo de cidadãos.
Numa agenda marcada por pontos de rotina, só mesmo os preços da água agitaram o salão nobre. Na parte da sessão destinada à intervenção do público, Mariana Oliveira deu voz à contestação. Para esta moradora da Covilhã, os preços que estão a ser praticados pelos Serviços Municipalizados de Águas e Saneamento (SMAS), são “bastante elevados”.
Uma opinião que não é partilhada por Carlos Pinto, presidente da autarquia covilhanense. Para o social-democrata, o investimento de mais de 450 mil euros em filtros de carvão e estruturas de distribuição de água “estão agora a reflectir-se no preçário”. Pinto reafirma que a Covilhã é uma cidade onde a qualidade da água está acima de muitas outras e por isso, “os preços são algo agravados”. Durante a troca de opiniões, referiu-se o estudo publicado pela revista da Defesa do Consumidor, DECO, que apontava o concelho covilhanense como um dos melhores em termos de qualidade de água.
Um dos objectivos alcançados pelo grupo de moradores, foi a sensibilização do executivo camarário, para esta problemática. O autarca sublinha que vai estudar a possibilidade de alargar o primeiro escalão, com tarifário mais barato, “dos três para os cinco metros cúbicos”. Desta forma, as facturas da água vão apresentar preços mais baixos, segundo os técnicos.

Novas ETAR’s para breve

Durante a sessão, o tema das estações de tratamento de águas residuais (ETAR) foi também abordado. Alguns populares afirmam que a facturação deste tipo de serviços está a ser feita de forma pouco clara. Até porque, “a facturação contempla o tratamento de esgotos mas as estações ainda não estão construídas”, explica Mariana Oliveira. O edil social-democrata sublinha que “cerca de 70 por cento das águas residuais do concelho são já tratadas”, um valor que segundo Carlos Pinto vai chegar à totalidade quando as estações de tratamento planeadas estiveram construídas.