Por Eduardo Alves


Miguel Nascimente não percebe a discussão do assunto "passado tanto tempo"

O contrato de empreitada feito pela Câmara da Covilhã com a empresa GEOGA, feito há mais de seis anos deixou atrapalhado o único vereador socialista no actual executivo. Miguel Nascimento foi apanhado desprevenido quando o autarca social-democrata, Carlos Pinto, decidiu avançar com uma acção judicial com o sentido de exercer o “direito de regresso” de 150 mil euros.
A quantia em causa é referente à primeira tentativa de construção das pistas de atletismo no actual Complexo Desportivo da cidade. Na altura, a autarquia comandada por Jorge Pombo entregou à empresa GEOGA um total de 150 mil euros com a finalidade da construir aquela estrutura desportiva. O que nunca se veio a realizar e que levou mesmo a câmara a apresentar uma queixa no Tribunal da Covilhã. Seis anos passados sobre o auto, este termina arquivado, quer pela falência da empresa, quer por outros motivos judicias.

Caso pouco claro

Carlos Pinto afirma que “este foi um procedimento pouco claro”. Para o actual presidente da câmara, a entrega desta verba “sem qualquer tipo de garantias bancárias, deixa muito a desejar”. O vereador socialista, Miguel Nascimento começou por dizer que “é muito estranho, passado todo este tempo, ainda se discutirem estes assuntos”. No entanto, Nascimento, depois de uma acesa troca de palavras com Pinto, votou a favor da acção judicial que prevê o apuramento de responsabilidades civis e criminais. Contudo, o vereador da oposição sublinha que esta foi uma acção “meramente política”. Miguel Nascimento avança mesmo com “o estudo das decisões dos dois lados”. O vereador socialista promete abrir guerra a Pinto. Estudar todos os pareceres do Tribunal de Contas e “acções menos claras da câmara” social-democrata, vão ser os próximos passos de Nascimento.