Belmonte
Líder do PSD vai a julgamento por alegados crimes

NC / Urbi et Orbi


O presidente da Concelhia do PSD em Belmonte, e também deputado municipal pelo mesmo partido, Luís D’ Elvas, vai ser julgado, no próximo dia 23 ou 30 deste mês, no Tribunal da Guarda, por três alegados crimes de peculato, um deles, na forma continuada. A notícia é do semanário Expresso, do passado fim-de-semana, que adianta que em causa estarão a apropriação de bens da Associação de Beneficiência Augusto Gil, entre 1998 e 2000, quando Luís D’Elvas era director de serviços da instituição. O mesmo jornal garante ainda que o líder do PSD local estará ainda a ser investigado por suspeitas de abusos sexuais a uma deficiente mental ali internada.
Luís D’Elvas, no entanto, em declarações ao Expresso, nega os alegados crimes e diz estar a ser alvo de uma retaliação por incompatibilidades com os responsáveis da Augusto Gil, da qual foi demitido em 2002. Mas o despacho do Tribunal da Guarda, citado pelo Expresso, acusa o arguido de apropriação de bens destinados à alimentação dos deficientes, num valor superior a 98 euros e Luís D’Elvas é ainda pronunciado por ter alegadamente entregue dois computadores daquela instituição para abater no valor da compra de um portátil para uso pessoal, orçado em cerca de 980 euros.
O Expresso conta ainda que há seis meses atrás, a associação terá participado ao Ministério Público que duas funcionárias tinham encontrado o antigo director em actos sexuais com uma deficiente mental profunda. Porém, D’Elvas desvaloriza esta denúncia e diz tratar-se de mais uma vingança de dirigentes e funcionárias da associação, que terão, segundo ele, mal interpretado uma perda ocasional de sangue a uma violação. E garante que pediu apenas para que a rapariga fosse vista no centro de saúde local. Aliás, a Polícia Judiciária já concluiu, conta o semanário, que a alegada vítima não foi violada.
O antigo director da Augusto Gil já terá também apresentado queixa por denúncia caluniosa contra as duas funcionárias e contra o antigo e actual presidente da associação, João Raimundo e a sua mulher, Marília. D’Elvas, citado pelo Expresso, diz que “as provas (de inocência) são inequívocas”.
Segundo a Rádio Cova da Beira, Luís D'Elvas já terá pedido a suspensão de mandato de deputado municipal, bem como terá deixado o seu lugar de líder da concelhia do PSD.

 


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