NC / Urbi et Orbi


Os suspeitos do crime já responderam em Tribunal

A Polícia Judiciária (PJ) da Guarda deteve na passada semana cinco indivíduos alegadamente responsáveis pela prática de um crime de homicídio, ocorrido em finais de Junho, no Fundão, e de diversos roubos em estabelecimentos comerciais e stands de automóveis em vários pontos do País. As diligências de investigação desenrolaram-se em todo o território nacional, tendo os autores materiais sido detidos em Lisboa, Alpiarça e margem sul do Tejo, onde a PJ contou com o apoio da PSP e da GNR. Os indivíduos, que já foram ouvidos no Tribunal do Fundão, têm idades compreendidas entre os 16 e os 33 anos e alguns têm identificação portuguesa e espanhola, com nomes diferenciados. Para apurar a veracidade dos documentos, foram já contactadas as autoridades do País vizinho. Foram ainda apreendidas armas de fogo, munições e recuperado parte do material furtado, vestuário e veículos automóveis.
Foi na sequência de diversas diligências realizadas no âmbito da investigação de um crime de homicídio, na sua forma tentada, e de roubo, praticados com arma de fogo, ocorridos na cidade do Fundão, que a PJ começou a investigar o caso. Durante o assalto, ocorrido no passado dia 28 de Junho, numa fábrica de confecções em pele, no Fundão, os autores, ao serem confrontados com a presença de uma patrulha da GNR daquela cidade, dispararam cinco tiros atingindo a viatura e ferindo um dos militares. O grupo de indivíduos que foi detido é suspeito de se dedicar, há já algum tempo, à prática reiterada dos crimes de furto qualificado e roubo, em estabelecimentos comerciais e stands de automóveis, estendendo a sua acção a todo o País, nomeadamente na Covilhã, Guarda, Figueira da Foz, Santa Maria da Feira, Vila Nova de Gaia, Lourinhã, Viseu e Vendas Novas, e ainda em Espanha, disparando com regularidade armas de fogo. A PJ está convicta de que os cinco indivíduos são o "núcleo duro" de uma alegada rede que operava a partir de Lisboa. "Antes de fazerem os assaltos, estudavam pormenorizadamente o local e determinavam as fábricas existentes", adianta Leitão dos Reis, coordenador da PJ da Guarda, ao Público. O grupo saía de Lisboa ao princípio da noite e deslocava-se em veículos furtados, um deles com grande capacidade carga para transportar o material roubado. À medida que faziam os assaltos marcavam com uma cruz o local. Os indivíduos não se encarregavam da venda directa do produto. Trabalhavam "por encomenda", como precisou Leitão dos Reis. O material era entregue a terceiros, sendo comercializado em feiras e mercados.