Na zona do Jardim, a autarquia pretende acabar com os problemas de estacionamento
Requalificação do centro da cidade da Guarda
Estacionamento subterrâneo
no jardim José de Lemos

Um parque de estacionamento subterrâneo vai ser construído por baixo do Jardim José de Lemos, em pleno centro da cidade. O mesmo terá dois pisos e capacidade para 450 viaturas.


NC / Urbi et Orbi


O Jardim José de Lemos, na Guarda, no futuro, não será apenas um local de lazer, à superfície, mas um local que permitirá a muitos estacionar o seu carro. É que, naquele local, vai surgir um parque de estacionamento subterrâneo, com vista a resolver um problema sentido por todos quantos se deslocam na cidade. A decisão foi aprovada por unanimidade pelo executivo municipal, na passada semana, devendo agora ser submetida à votação na próxima reunião da Assembleia Municipal, que ocorrerá ainda este mês. De acordo com caderno de encargos que serve de base para a abertura de concurso público para a concepção, construção e exploração do parque, o espaço terá dois pisos com capacidade total para 450 viaturas, devendo, no mínimo, funcionar entre as 7 da manhã e a meia-noite.
O direito de superfície deverá ser constituído no prazo máximo de cinquenta anos e a concessão pelo prazo máximo de vinte anos. O concorrente vencedor terá de requalificar o Jardim José de Lemos, mantendo-se os equipamentos actuais. Caso seja necessário, a área definida para a construção do parque poderá sofrer ligeiras alterações. "Isto revela que o documento não vinha bem preparado", lamenta o vereador da oposição social-democrata, Crespo de Carvalho, que aponta ainda como falhas o facto de não ter ficado totalmente definido o projecto de requalificação da zona envolvente do jardim. "É de lamentar que depois de termos esperado praticamente um ano, em que as críticas principais que da outra vez levantámos eram a falta de planificação correcta daquilo que seria a inserção do parque naquele contexto, hoje ainda não haja essa mesma definição". Esmeraldo Carvalhinho, vereador responsável pelo Ambiente, entende que o caderno de encargos deixa alguma liberdade aos concorrentes para apresentarem ideias para a envolvente do jardim. A autarquia terá 60 dias para analisar os projectos prévios apresentados pelos concorrentes e depois procederá à recepção do projecto final. A obra tem um prazo máximo de 365 dias para ser executada. A decisão tomada pelo executivo vai de encontro a uma das pretensões da Associação Comercial da Guarda. Por aceitar continua a construção de um parque de estacionamento subterrâneo na Praça Velha, onde decorrem já as obras de requalificação daquele espaço, que habitualmente estava repleto de viaturas.