Por Eduardo Alves


A ideia há algum tempo que tinha surgiu, mas só agora se concretizou

Fomentar a sã convivência entre todos aqueles que trabalham e dão aulas na Universidade da Beira Interior (UBI) é um dos objectivos primordiais desta nova instituição. A casa do pessoal da UBI era “um sonho que vinha sendo acalentado há alguns anos”, explica Filipe Santarém. O técnico que tem o seu posto de trabalho nos laboratórios de Engenharia Têxtil e do Papel é um dos responsáveis pelo arranque deste processo.
Nos vários encontros, jantares e outras actividades “onde se reunia um maior número de pessoas”, o assunto era sempre abordado. Contudo, até há bem pouco tempo, não passava de uma ideia “que se ia arrastando”, reitera Filipe Santarém. Encorajado a tomar a dianteira no processo de criação, este técnico impôs uma condição inicial “a de reunir representantes de todos os sectores da UBI”. Daí que a casa do pessoal terá de apresentar na sua direcção “pessoas das várias unidades científicas, centros de investigação e outros sectores”, explica Santarém. Isto com a finalidade “de incutir em todos a importância de trabalhar para um projecto comum e também de fazer chegar ao universo ubiano o que resultar da casa de pessoal”, remata.




Várias acções já em curso

Apresentado o projecto aos responsáveis da Universidade, Filipe Santarém refere que “houve uma total abertura e apoio”. Manuel Santos Silva, reitor da UBI mostrou-se disponível para ceder um espaço no Pólo das Engenharias, “onde vai funcionar a nossa sede”, adianta o técnico responsável por este projecto. Logo após este passo “foram realizadas as escrituras e legalização da casa do pessoal”. Neste momento, ainda “estamos numa fase de divulgação”, diz Filipe Santarém, que espera, desta forma “atrair a atenção dos interessados e ter uma forte adesão a este projecto comum”.
Com a aprovação dos estatutos e com a atribuição de valores paras as quotas, “vamos ter de encontrar também uma equipa directiva”, sublinha o responsável. Adiantando já “que devem estar presentes representantes dos mais variados sectores da UBI”. Esta casa vai nascer “para todos”, afirma Santarém. Desde os trabalhadores da limpeza até aos docentes e administrativos, “todos vão ter espaço no nosso projecto”.
Uma ideia que representa “fortes benefícios para todos”. Filipe Santarém explica que este tipo de entidades, “de índole social, desportiva e cultural”, conferem várias vantagens aos trabalhadores das instituições. Por enquanto “e numa fase de arranque”, as acções destinadas aos futuros associados prendem-se com caminhadas, passeios de cicloturismo e “sessões desportivas nos pavilhões da Universidade”. Durante os tempos de férias, podem mesmo ser leccionados cursos de línguas, de informática e outras actividades, “de forma a aproveitar todas as potencialidades da Universidade e dos associados”. Filipe Santarém diz que as actividades destinadas aos sócios da casa do pessoal são também extensivas aos filhos e cônjuges.
Os maiores projectos estão “ainda em gaveta”, explica Santarém. È de forma mais sensível que este técnico explica a maior empreitada da casa do pessoal. Para o futuro “temos o sonho de abrir um infantário e creche para os filhos dos funcionários”. Sobretudo, durante o período de férias “e ainda agora com atraso da abertura das escolas, muitos docentes e funcionários têm dificuldades em encontrar pessoas para deixarem os seus filhos”, continua Filipe Santarém. Com a criação deste espaço, “minimizava-se esse problema”. Por enquanto fica o espaço e “a divulgação”, nos próximos tempos, “e mediante o número de pessoas que aderirem ao projecto, outras acções vão surgir”, promete.