Por Eduardo Alves




Criar um espaço próprio de troca de informações é um dos objectivos desta acção

Na sua mais perfeita aplicação, o e-learning tem como meta a total liberdade do aluno. Este projecto, que começa agora a dar os primeiros passos em Portugal, pretende criar um campo académico dentro do espaço universitário, de forma a que o aluno tenha acesso a várias fontes de informação.
Nuno Sampaio, licenciado em Informática está responsável por este projecto, na UBI. No âmago desta iniciativa está um site onde todos os elementos que fazem parte da Universidade, desde alunos, a docentes e funcionários podem colocar informações, para que todos possam usufruir dessas mesmas notas. Esse mesmo site fica alojado num servidor próprio da Universidade e “assim que um aluno se dirija até à UBI com o seu computador, a rede de Internet sem fios, já instalada passa a estar acessível”, explica Nuno Sampaio.
Esta iniciativa com enquadramento nacional, integra “serviços, conteúdos, aplicações e rede de comunicações, para estudantes e docentes do ensino superior”. Um local pensado para “incentivar e facilitar a produção, acesso e partilha de conhecimentos”, adianta o responsável. Numa forma de exemplificar, este licenciado vai mais longe, nas capacidades desta rede. Para Nuno Sampaio, “quando um aluno se inscreve na UBI tem um número que vai servir para a criação de uma conta pessoal”. Esse mesmo aluno, ao estar na UBI com um computador portátil capaz de aceder à Internet através de tecnologia “wireless”, sem fios, “entra na sua área”. Aí, estão as suas notas, as disciplinas do seu curso, os horários, uma comunidade de contactos, quer de colegas, professores e outros e também uma série de informações relacionadas com o seu curso “que lhe permitem trabalhar e estudar de forma mais elaborada”.




Serviços e Conteúdos, disponíveis em qualquer hora, de qualquer lugar

Assegurar o acesso fixo e móvel à Internet (e Intranet) em banda larga, fora e dentro da Universidade é outra das vantagens deste projecto. Neste momento, “as antenas estão instaladas e dentro de dois meses os alunos podem já ter acesso à Internet por wireless, dentro da UBI”. Quem o garante é Nuno Sampaio, o responsável por este projecto vai mais longe e desvenda já a página de “Serviços e Conteúdos”. Um site pensado para a alojar todo o projecto e integrar-se “dentro da nova página web da Universidade”.
Estes serviços e conteúdos são já um exemplo de todo um projecto de “Webização” do ensino superior. Uma forma de “interligar alunos, professores e serviços da Universidade”, tudo dentro de “um computador”, adianta. Com este novo serviço, o trabalho dos alunos, a sua participação e volume de informações “aumenta de forma substancial”. Veja-se o exemplo de um professor que tenha as classificações de uma determinada cadeira. Assim que estas estejam concluídas, “esse mesmo professor vai disponibilizá-las na rede, quer para os alunos, quer para os serviços académicos”. Nuno Sampaio diz mesmo que os alunos passam a dispor, “atempadamente”, de um vasto leque de informações. Desde provas de anos anteriores, até textos de apoio que podem ter “links” para a BOCC, Biblioteca On-line, até aos conteúdos programáticos, “enfim, uma multiplicidade de conteúdos”. Este verdadeiro “fluxo de informação e transacções entre os agentes” passa também para os funcionários. Quando a rede estiver disponível para todos, “os memorandos feitos em papel, podem ser preenchidos através deste domínio”.
A UBI está assim, como outras universidades de Portugal, a trabalhar na “criação de uma rede Wireless LAN – sem fios - com tecnologia 802.11g, aproveitando a actual ligação da UBI à RCTS (Rede de Ciência Tecnologia e Sociedade), também conhecida por Rede Académica Nacional”, explica Nuno Sampaio.
Um projecto que neste período, “se encontra em fase de implementação”. Os responsáveis trabalham na criação e constituição de uma plataforma de gestão de conteúdos e e-learning para que os departamentos e docentes possam disponibilizar de
forma organizada, diversos tipos de conteúdos relativos às disciplinas leccionadas. Esta plataforma, no final, apresenta funcionalidades várias, como, “gestão de conteúdos, gestão de exames/testes, gestão de classificações/créditos, gestão de trabalhos, colecção e organização de trabalhos, colaboração e comunicação”, sublinha Nuno Sampaio.