Miguel Nascimento mostra-se "indignado" perante a decisão do Governo
Portagens nas SCUT’s
Vereador da oposição indignado

Miguel Nascimento, vereador do Partido Socialista na Câmara Municipal da Covilhã mostra-se indignado perante a decisão do Governo em criar portagens na auto-estradas da região.


Por Eduardo Alves


Logo depois da reunião privada do executivo camarário, na passada sexta-feira, 1, Miguel Nascimento manifestou o seu “profundo desagrado” perante “uma provocação do Governo”. O único vereador da oposição, na Câmara da Covilhã refere que a criação de portagens nas auto-estradas SCUT’s - sem custos para o utilizador – significa “um retrocesso para o interior do País”.
Esta medida foi tomada no último Conselho de Ministros e foi baseada no montante a pagar às empresas que exploram as SCUT’s. Segundo o social-democrata Carlos Pinto, “o Estado teria de entregar às exploradoras, o total das verbas destinadas ao Instituto das Estradas de Portugal (IEP)”. Uma medida orçamental “incomportável”, segundo o presidente da Câmara da Covilhã. Explicações que não demovem Nascimento do seu propósito. O socialista vai mais longe e lembra que “se não fosse este tipo de contrapartidas, ainda hoje, o interior do País não estaria servido de auto-estradas”. Nascimento refere que esta é uma das muitas medidas governamentais a prejudicar “uma das zonas mais desfavorecidas”. As portagens foram precedidas “pelo encerramento do emissor da RTP, em Castelo Branco, pela passagem de certas competências para Coimbra e pelo retirar de regalias às empresas que aqui se pretendiam fixar”.
O vice-presidente da Câmara Municipal da Covilhã, Alberto Alçada Rosa diz que “este é um assunto para ser estudado”. Só depois da autarquia serrana tomar o devido conhecimento “de todos os pontos” vai assumir uma posição. Nascimento lembra que “uma das principais obras socialistas na região, cai por terra” e defende mesmo que a solução orçamental não está nas portagens ou no aumento de impostos. Pelas contas de Nascimento, o Governo “tem de procurar soluções junto de quem tem o bolsos cheios e não de que os tem vazios”.