KáKá cruza para a área apesar da tentativa de corte de Alcino

Ficha do Jogo

Estádio Municipal José Santos Pinto (Covilhã)
(26-09-2004)



Árbitro: João Roque
Auxiliares: Vitor Silva e P. Carrilho


Sp. Covilhã - 3
Luis Miguel, Rui Morais, Real, Banjai, Claúdio, Nuno Coelho, Cunha (66), KáKá, Piguita (83), Tarantini, Trindade (77), Cordeiro, Oliveira, e Luisinho.
Treinador: Fernando Pires

Esmoriz - 0
Ricardo, Chalana, Rui Jorge, Pombo, Pedro Gomes (50), Godinho, Alcino, Bruno Mendes (50), Bruno Costa, Mike (32), Hugo, Fitas, Filipe e Marco Aurélio.
Treinador: Francisco Batista

Ao Intervalo: 1 - 0

Disciplina: cartão amarelo a Claúdio (15), Pombo (20), Marco Aurélio (31), Chalana (47), Godinho (59), Luisinho (84) e Piguita (89). Vermelho directo: Fitas (37).


Três triunfos consecutivos
Leões tomaram o gosto à vitória

Em 90 minutos o Covilhã marcou tantos golos quantos os que havia conseguido nos três jogos precedentes. A equipa está mais confiante, mais objectiva, e a jogar melhor futebol. Mas continua a faltar acerto no remate.

Alexandre S. Silva
NC/Urbi et Orbi

Há já algum tempo que não se assistia, no Santos Pinto, a uma tão exuberante exibição do Sporting da Covilhã. Frente ao Esmoriz, o conjunto leonino dominou a quase totalidade da partida, com excepção dos primeiros 15 minutos, e criou situações de golo suficientes para construir uma goleada histórica. Os índices de concretização é que ainda não são os aceitáveis.
Com uma equipa ambiciosa, Fernando Pires tentou encostar o mais cedo possível o Esmoriz à sua área. Mas a presença de Luizinho e Oliveira na frente de ataque pareceu não atemorizar muito os forasteiros, que até se mostraram mais atrevidos nos minutos iniciais. Mas a “insolência” dos visitantes duraria pouco tempo. À passagem do quarto de hora, o Covilhã toma, em definitivo, conta do jogo. Oliveira e Cláudio (fez, e muito bem, todo o corredor direito) dão o primeiro aviso com remates “rasantes”, mas foi necessária a intervenção de Banjai para desequilibrar o marcador. O central subiu à área adversária na cobrança de um livre e, ao cruzamento de Cordeiro correspondeu com um cabeceamento exemplar que só parou no fundo da baliza de Ricardo.
O Esmoriz ressentiu-se do golo, e nunca mais se encontrou. E a situação viria a piorar aos 37 minutos. Fífias puxa Oliveira na grande-área e vê o cartão vermelho directo de João Roque. E se o árbitro esteve bem ao assinalar a grande penalidade que se impunha, já terá pecado por excesso na cor do cartão. Seja como for, Oliveira, encarregado de marcar o pénalti, atirou fraco permitindo a defesa ao guarda-redes adversário.
A jogar contra 10, o domínio serrano acentua-se e o Esmoriz sufoca para suster a pressão. Ricardo acaba mesmo por se revelar a melhor unidade do conjunto orientado por Francisco Baptista, ao travar grande parte dos remates dos avançados covilhanenses.

Golão de Cláudio sentencia partida

Mas a resistência forasteira dura apenas até ao intervalo. Logo na abertura, Cláudio, em jogada individual, faz um golo de antologia: finta um, dois, três, quatro adversários, entra na área e coloca a bola fora do alcance de Ricardo.
A partir desse momento, o Covilhã passa a gerir o resultado e o esforço através da circulação de bola a meio-campo, ensaiando o lançamento longo para as desmarcações ora de Oliveira, ora de Luizinho. Este último, aliás, esteve particularmente infeliz ao falhar, até ao final, quatro oportunidades flagrantes (50, 70, 87 e 89 minutos). Pelo meio, Káká e Cordeiro, este último com um remate fantástico a mais de 25 metros da baliza, ainda viram Ricardo Brilhar e adiar o dilatar do marcador. O resultado final seria estabelecido aos 85 minutos com um auto-golo de Chalana na sequência de um canto apontado por Cunha. Uma situação com um saborzinho a “justiça poética” uma vez que ao central do Esmoriz tinha sido perdoado, poucos minutos antes, o segundo amarelo por entrada faltosa sobre Oliveira.
O resultado não sofre qualquer contestação e só peca por escasso. A equipa de Fernando Pires está em nítido crescimento e apresenta um futebol objectivo e agradável. E, contando com o triunfo sobre o Nelas para a Taça de Portugal, os serranos já somam três vitórias consecutivas.