|   NC / Urbi et 
                        Orbi – Estreou-se como presidente do Covilhã 
                        com uma vitória frente ao Esmoriz. Satisfeito? 
                        José Mendes – Muito. Era o que nós 
                        desejávamos e aquilo que todos os amigos do Sporting 
                        da Covilhã esperavam. Foi bom. 
                      U@O - O Clube vive uma situação 
                        complicada em termos financeiros. O que o motivou para 
                        avançar? 
                        J.M. - Motivou-me o facto de gostar do Sporting 
                        da Covilhã, de já ter sido atleta deste 
                        clube. E motiva-me fazer aqui um bom trabalho. Como é 
                        óbvio espero a ajuda de todos para essa tarefa. 
                      U@O - Que tipo de ajuda? 
                        J.M. - Espero que a cidade esteja connosco e 
                        que os sócios, simpatizantes e covilhanenses em 
                        geral apoiem o clube dando-lhe o pouquinho que possam. 
                        Neste momento a situação financeira do clube 
                        não é a melhor e precisamos de toda e qualquer 
                        contribuição, por pequena que seja, para 
                        a resolver o mais rápido possível. 
                      U@O - O passivo do Covilhã ronda, segundo 
                        dados da anterior Direcção, os 750 mil euros. 
                        Como pensa resolver essa questão? 
                        J.M. - Liquidar o passivo, reduzir as dívidas 
                        a zero, é a nossa primeira prioridade. Vamos falar 
                        com todas as pessoas a quem estamos a dever dinheiro e 
                        tentar que nos “perdoem” uma outra situação 
                        em que não fiquem muito prejudicados. Precisamos 
                        de toda a ajuda possível, e onde pudermos ir buscar 
                        cinco tostões, nós vamos. 
                      U@O - E onde pode o clube ir buscar rendimentos? 
                        J.M. - Quando tomamos posse prometemos trabalho 
                        e, por isso, metemos logo mãos à obra. O 
                        vice-presidente para o Marketing e os seus colaboradores 
                        também não tem tido descanso. Estamos a 
                        levar a cabo uma campanha forte para renovar a publicidade 
                        estática no Estádio Santos Pinto. E também 
                        estamos com uma campanha de angariação de 
                        novos sócios. 
                      “Não vamos contratar mais jogadores” 
                      U@O - No que toca ao aspecto desportivo. O plantel 
                        da equipa principal de futebol foi o possível com 
                        o orçamento limitado que o Covilhã tinha. 
                        Vê possibilidades de a equipa se reforçar 
                        na reabertura de mercado? 
                        J.M. - Não vamos contratar mais jogadores. 
                        Não há possibilidade para isso. Este plantel 
                        está fechado até ao final da época. 
                        Nem em Dezembro vai haver alterações nesse 
                        aspecto. De resto, confio no treinador, nos seus adjuntos, 
                        no departamento médico e os atletas também 
                        a total confiança da Direcção. E 
                        é com estes homens que vamos até ao fim. 
                      U@O - Pelo que tem visto das exibições, 
                        o Covilhã “tem equipa”? 
                        J.M. - Penso que sim. Melhor do que ninguém 
                        eu conheço os jogadores, sei que são homens 
                        de trabalho. Um ou outro pode mostrar mais dificuldades 
                        e não mostrar todos os domingos a qualidade que 
                        os sócios exigem, mas acredito que nunca ninguém 
                        vai poder acusar um destes atletas, ou a equipa técnica, 
                        de não trabalhar. 
                      U@O - O Sporting da Covilhã não 
                        é só o futebol de 11. Há outros escalões 
                        e outras modalidades. Vai haver alguma alteração 
                        no funcionamento desses outros sectores? 
                        J.M. - Ainda não posso responder. Estamos 
                        a conversar com as pessoas. Ainda não temos ideias 
                        concretas daquilo que se vai passar a seguir. Mas estamos 
                        a estudar várias possibilidades. Por nós, 
                        aqui queríamos fazer tudo se tivéssemos 
                        dinheiro. Mas como não o temos, a vida torna-se 
                        muito mais difícil. 
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