Alexandre S. Silva
NC / Urbi et Orbi


Para o novo presidente do Sporting, a prioridade é saldar a dívida do clube

NC / Urbi et Orbi – Estreou-se como presidente do Covilhã com uma vitória frente ao Esmoriz. Satisfeito?
José Mendes –
Muito. Era o que nós desejávamos e aquilo que todos os amigos do Sporting da Covilhã esperavam. Foi bom.

U@O - O Clube vive uma situação complicada em termos financeiros. O que o motivou para avançar?
J.M. -
Motivou-me o facto de gostar do Sporting da Covilhã, de já ter sido atleta deste clube. E motiva-me fazer aqui um bom trabalho. Como é óbvio espero a ajuda de todos para essa tarefa.

U@O - Que tipo de ajuda?
J.M. -
Espero que a cidade esteja connosco e que os sócios, simpatizantes e covilhanenses em geral apoiem o clube dando-lhe o pouquinho que possam. Neste momento a situação financeira do clube não é a melhor e precisamos de toda e qualquer contribuição, por pequena que seja, para a resolver o mais rápido possível.

U@O - O passivo do Covilhã ronda, segundo dados da anterior Direcção, os 750 mil euros. Como pensa resolver essa questão?
J.M. -
Liquidar o passivo, reduzir as dívidas a zero, é a nossa primeira prioridade. Vamos falar com todas as pessoas a quem estamos a dever dinheiro e tentar que nos “perdoem” uma outra situação em que não fiquem muito prejudicados. Precisamos de toda a ajuda possível, e onde pudermos ir buscar cinco tostões, nós vamos.

U@O - E onde pode o clube ir buscar rendimentos?
J.M. -
Quando tomamos posse prometemos trabalho e, por isso, metemos logo mãos à obra. O vice-presidente para o Marketing e os seus colaboradores também não tem tido descanso. Estamos a levar a cabo uma campanha forte para renovar a publicidade estática no Estádio Santos Pinto. E também estamos com uma campanha de angariação de novos sócios.

“Não vamos contratar mais jogadores”

U@O - No que toca ao aspecto desportivo. O plantel da equipa principal de futebol foi o possível com o orçamento limitado que o Covilhã tinha. Vê possibilidades de a equipa se reforçar na reabertura de mercado?
J.M. -
Não vamos contratar mais jogadores. Não há possibilidade para isso. Este plantel está fechado até ao final da época. Nem em Dezembro vai haver alterações nesse aspecto. De resto, confio no treinador, nos seus adjuntos, no departamento médico e os atletas também a total confiança da Direcção. E é com estes homens que vamos até ao fim.

U@O - Pelo que tem visto das exibições, o Covilhã “tem equipa”?
J.M. -
Penso que sim. Melhor do que ninguém eu conheço os jogadores, sei que são homens de trabalho. Um ou outro pode mostrar mais dificuldades e não mostrar todos os domingos a qualidade que os sócios exigem, mas acredito que nunca ninguém vai poder acusar um destes atletas, ou a equipa técnica, de não trabalhar.

U@O - O Sporting da Covilhã não é só o futebol de 11. Há outros escalões e outras modalidades. Vai haver alguma alteração no funcionamento desses outros sectores?
J.M. -
Ainda não posso responder. Estamos a conversar com as pessoas. Ainda não temos ideias concretas daquilo que se vai passar a seguir. Mas estamos a estudar várias possibilidades. Por nós, aqui queríamos fazer tudo se tivéssemos dinheiro. Mas como não o temos, a vida torna-se muito mais difícil.