Jorge Patrão afirma que com a extinção do IP2, não existe alternativa à A23
Scut’s
Jorge Patrão pede ao Governo
que reconsidere o pagamento de portagens

O presidente da RTSE pede que se tenham em consideração os investimentos que estão a ser feitos na área do turismo e que com esta medida o Governo não está a ter em conta as assimetrias regionais.


NC / Urbi et Orbi


O presidente da Região de Turismo da Serra da Estrela (RTSE), Jorge Patrão, escreveu ao ministro das Obras Públicas para apelar à manutenção das portagens virtuais, sem custos para o utilizador, na A23 e na futura A25. E pediu para que se tenham em consideração os investimentos que estão a ser feitos na região em equipamentos turísticos, no valor de 200 milhões de euros, realizados com o argumento do aparecimento de novas acessibilidades rodoviárias sem portagens ligando as grandes áreas demográficas litorais, potenciais fornecedoras de turismo.
Por isso Patrão entende que a serem mudados estes pressupostos "vão ser defraudadas expectativas ou realidades entretanto equacionadas". O presidente da RTSE diz também que o princípio do utilizador-pagador não pode ser levado ao extremo, sob o risco de não virem a ser corrigidas as assimetrias regionais e o desequilíbrio económico e demográfico nacional.
Para além disso frisa que "utilizar o princípio ao extremo pode colocar portugueses contra portugueses porque muitos se equacionarão, por exemplo, da sua não aplicação aos transportes da Carris (423 milhões de prejuízos acumulados), STCP (175 milhões), Transtejo (33 milhões), Metro e outros que, assim sendo, não justificariam que o País assumisse tão gigantesco peso anual. Apenas os utilizadores das respectivas zonas urbanas os deveriam pagar", acrescenta.
Jorge Patrão sublinha ainda que com a extinção do IP2 e IP5 não há vias alternativas aceitáveis e dá o exemplo das Autovias em Espanha, que discriminam positivamente o Interior profundo.
O responsável pela região de turismo espera que António Mexia "reequacione as medidas anunciadas" que "implicarão graves prejuízos e que não atrairão receitas significativas" para esta zona do País.