Por Eduardo Alves


O orçamento para 2005 é classificado pela autarquia como aquele que mais dinheiro dá às freguesias

Parece estar resolvido o mal-estar entre Carlos Pinto, presidente da Câmara Municipal da Covilhã e alguns jornalistas. Foi um autarca mais “alegre” e prestável que apresentou, aos vários órgãos de comunicação social da região, os pontos tratados na última sessão camarária. A votação do Plano de Orçamento de 2005 da autarquia e dos Serviços Municipalizados de Águas e Saneamento (SMAS) foi o que mais se destacou, na óptica do edil social-democrata. Para Pinto "este é um orçamento de continuidade”. Com números muito próximos do orçamento feito para o ano transacto, cerca de 100 milhões de euros, o plano de gastos da autarquia serrana prevê a conclusão de várias obras na cidade e freguesias “e o começo de outras tantas”.
De entre essas empreitadas, Pinto destaca o prolongamento da rua da Saudade, “até à nova Rotunda do Rato”, a construção de um jardim-de-infância no Tortosendo e a requalificação da zona envolvente à ponte Mártir-in-Colo. De entre um pacote de novas intervenções, o autarca destaca o arranjo da ponte e do centro de Cantar Galo e da praça principal do Teixoso, assim como, o melhoramento das estradas entre o Teixoso e Verdelhos e entre o Pereiro e São Jorge da Beira. Intervenções e números que não deixam suficientemente convencido o vereador da oposição. O socialista Miguel Nascimento, que se absteve na votação deste orçamento aponta para o facto de ter tido “cerca de uma semana para estudar todas estas contas”. Contudo, daquilo que viu, Nascimento alerta para o facto deste orçamento “apresentar um decréscimo de 5,5 por cento de investimentos globais”. Segundo o único vereador da oposição, este exercício financeiro da autarquia covilhanense é suportado “devido à venda que quase metade do património da câmara”. Daí que Nascimento classifique este orçamento de “não exequível”. Para o socialista, as contas apresentadas pela câmara estão longe de constituir um salutar exercício financeiro.