Por Ana Isabel Andrade


A peça invulgar a passar pela Covilhã

Integrado no programa do art’ubi – mostra de artes da Universidade da Beira Interior, que decorreu entre os dias 14 de Novembro e 4 do corrente mês, o Teatro Cine recebeu no passado dia 30 de Novembro o Teatro do Imaginário, uma vertente do Grupo de Amigos do Manigoto, com a peça “Os Nomes da Terra”, sujo texto original e encenação, esteve a cargo de Américo Rodrigues.
A peça “Os Nomes da Terra”, construída a partir do imaginário popular da aldeia do Manigoto, no concelho de Pinhel, tem como tema principal, segundo o autor, “fazer uma relação entre a tradição e a realidade do presente”, inspirando-se em factos e personalidades ligados ao Manigoto. Acrescenta ainda, “é uma festa que celebra a vitalidade de uma comunidade, com seus usos, as suas lembranças, os seus mistérios, os seus medos, as suas alegrias”.
Na opinião de José Ferreira, presidente da direcção do referido grupo, “é uma peça construída mais para as aldeias e vilas, do que propriamente para as cidades”, justificando “o próprio cenário foi criado a partir de um sótão cheio de teias de aranha”.
A opinião do público, é na sua maioria, unânime. Segundo Miriam Baronete, aluna do 2º ano de Ciências da comunicação, “embora a peça não tenha sido bem clara desde o começo, é agradável”. Esta espectadora acrescenta ainda o facto de se notar, “uma crítica à Igreja e uma certa hipocrisia do Clero”.
Para terminar, a peça vingou mesmo pela tradição. Uma “malga de sopa” para cada elemento do público, trouxe a boa disposição, não fosse a sopa ajudar ao “alimento do ego”.