Governo garante
Museu do Côa avança

Segundo a ministra da Cultura, apesar do Governo estar demissionário, o rojecto mantém-se e a verba já está destinada. A conclusão da obra está prevista para 2007.

NC / Urbi et Orbi


A ministra da Cultura, Maria João Bustorff, assegurou na passada semana, na Guarda, que não vê qualquer ameaça ao projecto de construção do Museu de Arte e Arqueologia do Vale do Côa. Bustorff responde assim ao director do Instituto Português de Arqueologia, Fernando Real, e ao presidente da Câmara de Vila Nova de Foz Côa, Sotero Ribeiro, que, no início do mês, se mostraram preocupados com o futuro daquela infra-estrutura, devido à actual conjuntura política.
Receios que, na opinião da ministra, não têm qualquer fundamento, uma vez que, justificou, "na reunião com o director do Instituto Português de Arqueologia [na passada quarta-feira]", foi informada de que se verifica uma antecipação de um mês no calendário inicialmente previsto. "Não há, por isso, qualquer ameaça ou atraso", frisa Maria João Bustorff. Para além disso, "está disponibilizada a verba por parte do Ministério da Cultura para esta fase inicial, estando prevista a conclusão da obra em 2007, com verbas garantidas pelos fundos europeus", assegura. O projecto, da autoria dos arquitectos Tiago Pimentel e Camilo Rebelo, que ganhou o concurso público no âmbito da União Europeia (UE ), foi apresentado publicamente em finais de Julho, em Vila Nova de Foz Côa.
Maria João Bustorff, que falava à margem da cerimónia de assinatura de protocolos relativos aos apoios concedidos a 18 associações do distrito, garantiu ainda que se deverá manter o apoio financeiro para a Biblioteca Eduardo Lourenço, da Guarda, cujas obras sofreram significativos atrasos devido a problemas da empresa a quem foi adjudicada a construção. Uma situação que obrigou a autarquia a entregar a obra a uma outra firma. E como os atrasos verificados não são imputáveis ao Ministério da Cultura, a ministra considera que não estão em risco os apoios à biblioteca, tanto mais que, adiantou, "o Orçamento de Estado (OE) para 2005 garante o avanço da Rede Nacional de Bibliotecas". No final do ano, anunciou, "88,8 por cento do território nacional continental fica coberto pela Rede de Bibliotecas e da Leitura e está garantido no OE verba para o início da construção de bibliotecas nas regiões autónomas: cinco nos Açores e quatro na Madeira".