NC / Urbi et Orbi


Um jogo renhido até ao último minuto, onde os leões conseguiram marcar


Previa-se um grande jogo na tarde do último domingo em Fátima. Frente a frente encontravam-se o segundo e o quarto classificado da II B, respectivamente o Sp. Covilhã e o Fátima. E que acorreu às bancadas do Estádio João Paulo II, certamente não se arrependeu. Durante 90 minutos os jogadores das duas equipas justificaram com técnica e suor as posições que ocupam na tabela. E nas bancadas, a incerteza no resultado permaneceu, literalmente, até ao final do encontro.
Apostado em não deixar escapar o Mafra na classificação, o Covilhã apresentou-se ambicioso em Fátima. A jogar rápido e bonito, os serranos tomaram conta de toda a primeira parte e mostraram que estavam ali “apenas” para ganhar o jogo. O Fátima, como também se previa, não facilitou e teve no acerto defensivo o garante de uma igualdade que, ao fim dos 45 minutos era, de certo modo, injusta.
Apesar do bom futebol praticado, as oportunidades de golo iminente não foram assim tantas. O Fátima também deu um ar de sua graça e chegou a ameaçar o sector mais recuado dos serranos, mas foi o Covilhã quem, por duas vezes, esteve perto de marcar. Luizinho, com a disponibilidade ofensiva que se lhe conhece dava dores de cabeça constantes aos pupilos de Paulo Torres, e em duas combinações com o seu parceiro de ataque, Oliveira, quase coloca a turma beirã em vantagem no marcador.

Golo de Piguita mantém invencibilidade

Depois do intervalo, e certamente por indicação do seu técnico, o Fátima surge mais compacto no meio campo. A equipa aparecia mais sobre a bola e encurtava o espaço entre os seus jogadores, dificultando ao máximo a movimentação dos covilhanenses. Facto a que não é alheia a entrada do ex-Sporting Gisvi. Depois de alghuns minutos de aflição, Fernando Pires mexe também na equipa e lança Tarantini para o lugar de Milton – titular pela segunda semana consecutiva.
Os pratos da balança voltam a equilibrar-se e é o jovem avançado quem carrega os leões para o ataque. A jogar atrás de Oliveira e Luisinho, Tarantini aproveita o facto de não ter um marcador directo para tentar, ele próprio, fazer o golo. E por duas vezes cria um arrepio na espinha aos adeptos locais. Primeiro com um remate que embate violentamente no poste da baliza, depois com um tiro que proporciona a Pedro Duarte a defesa da tarde.
Entusiasmados pela repentina superioridade no último terço de terreno, os leões esquecem momentaneamente a defesa e aproveitam os da casa para, contra a corrente do jogo, inaugurar o marcador. Pimenta (ex-Benfica CB) aponta o golo do descontentamento leonino a 15 minutos do fim. Já com Pesquina no lugar do batalhador Luizinho, Fernando Pires vê-se obrigado a mudar novamente o xadrez da equipa e lança Cordeiro para o lugar de Cláudio. O Covilhã transfigura-se e o seu jogo passa a ter somente um sentido… o da baliza do Fátima. A persistência dos leões da serra acaba por ser premiada já em período de descontos quando, na sequência de um canto, Piguita devolve a igualdade e a justiça ao marcador.
O Covilhã mantém, assim, o segundo lugar da tabela, mas viu aumentar a distância para o Mafra. Contudo, continua a manter e a melhorar um recorde inédito na história do clube: já lá vão 19 jogos sem perder no Campeonato.