Por Eduardo Alves


O jornal on-line da UBI está agora a comemorar cinco anos e existência

Semana após semana o jornal impõe-se como um instrumento de trabalho para os alunos do curso de Ciências da Comunicação que têm assim oportunidade de juntar a teoria à prática. O Urbi et Orbi é além disso um importante meio de divulgação de tudo o que se passa na Universidade da Beira Interior
Os 261 jornais que nesta data se encontram em arquivo podem ser consultados on-line. Uma forma de perceber o trabalhos desenvolvido ao longo destes anos e a própria evolução do jornal. No passado mês de Janeiro o Urbi et Orbi contabilizou mais de 61 mil visitas. A maioria dos utilizadores, 46 por cento, são portugueses, mas existe um número significativo de visitantes brasileiros, espanhóis norte-americanos e franceses, entre outros.
Desta iniciativa lançada na Internet nasceu, em Outubro de 2003, o Urbi em papel que reúne numa publicação impressa, com periodicidade mensal, as principais notícias relacionadas com a comunidade académica da UBI.
Cinco anos passados sobre a primeira edição, os também cinco chefes de redacção deste laboratório de jornalismo fazem o relato do Urbi, do papel deste nas suas vidas, na comunidade académica e no mundo da comunicação.
Catarina Moura foi a primeira a chefiar uma equipa de “jornalistas” composta por alunos do curso de Ciências da Comunicação. Confessa que entrou “na aventura do Urbi, por mera coincidência”. Foi uma casualidade que a levou a ser escolhida por António Fidalgo e Anabela Gradim, docente no curso de Comunicação da UBI, para chefiar o Urbi. Desde a primeira edição até aos dias de hoje, “já lá vão uns bons tempos”, recorda Catarina Moura, ainda a trabalhar no Laboratório de Comunicação e Conteúdos On-line da UBI (LABCOM). O jornalismo “nunca foi a minha área favorita em termos de profissão”, confessa a primeira chefe de redacção do Urbi. Contudo, a boa classificação conseguida na disciplina de Atelier de Jornalismo e “alguma vontade de experimentar o mundo das notícias”, levaram-na a abraçar o projecto.
Este passo vai depois ser seguido por Raquel Fragata. Já ligada ao Urbi, enquanto aluna da UBI, esta jovem profissional encontrou no jornal on-line da Universidade “a sua primeira experiência profissional e única na área do jornalismo”. Com um balanço positivo, recorda os tempos passados à frente da publicação. Opinião partilhada por Ana Maria Fonseca, a terceira responsável a tomar os comandos do Urbi. Ana Maria assume que “a princípio foi um pouco confuso” do ponto de vista “da responsabilidade de um recém-licenciado chefiar uma equipa de alunos e ter a seu cargo a publicação semanal”. Contudo, tamanho encargo “serve como uma das melhores escolas”, sublinha Ana Fonseca. Para esta licenciada em Ciências da Comunicação, o Urbi “é uma escola essencial no que respeita às novas tecnologias”.
Responsabilidade é também palavra presente no discurso de Catarina Rodrigues. A quarta licenciada em Ciências da Comunicação, pela UBI, a chefiar o Urbi. Um ano como aluna a colaborar “numa das primeiras publicações periódicas on-line do País” levaram Catarina a desenvolver o gosto pelo jornalismo e pelo Urbi. Assumir o comando do jornal “foi um misto de responsabilidade e de curiosidade por trabalhar com um meio diferente”. Para além do trabalho ao nível do jornalismo, Catarina Rodrigues refere que “o Urbi é uma verdadeira escola”. Muito do que aprendeu com esta publicação on-line serviu para lhe abrir portas para outras experiências profissionais. O mesmo acabou por acontecer com as colegas que a antecederam.
Daniel Sousa e Silva foi também chefe de redacção do Urbi. Apaixonado pelo mundo do jornalismo, encontrou no jornal da UBI, “um meio para iniciar a actividade profissional”. Devido às suas características próprias, “não ser um jornal suportado por fundos publicitários ou pertencer a grupos económicos”, a publicação ganha outro tipo de destaque. O que mais marcou Daniel Silva na sua passagem pelo Urbi foi também “a responsabilidade de colocar o jornal on-line, todas as semanas”.




Futuro passa por “lavagem visual e interactividade”

Ligada ao mundo das novas tecnologias, Catarina Rodrigues confessa que “hoje é quase um vício ler o jornal todas as terças-feiras”. Um passo seguido por todos os seus colegas “e por um número bastante grande de leitores”, acrescenta Ana Maria Fonseca.
Apesar das muitas segundas-feiras (dia de fecho do jornal) repletas de trabalho “nada mais compensatório do que ver o jornal on-line”, adianta Catarina Rodrigues. Alegrias partilhadas por Ana Maria Fonseca que ressalva também “as inúmeras potencialidades do Urbi, enquanto jornal disponível para todo o mundo”.
São estas potencialidades que levam os responsáveis pelo Urbi a falar no futuro deste meio de comunicação. Catarina Moura refere que o Urbi “deveria sofrer uma lavagem visual”, ideia seguida por Ana Maria Fonseca. “Maior interactividade com o leitor, através de diversas ferramentas hoje disponíveis” é também uma achega de Catarina Rodrigues. Já Daniel Silva acrescenta à lista de próximos passos, “a profissionalização do jornal, através de uma equipa que funcione de forma ininterrupta”.
Visto como um laboratório, por todos aqueles que estiveram responsáveis pelo jornal, o Urbi, “deve, sobretudo, continuar a servir os seus princípios”, adianta Catarina Moura. “Ajudar os estudantes de Ciências da Comunicação a prepararem-se para o mercado de trabalho e servir de meio de difusão do que se passa na Universidade”, são também funções apontada por Catarina Rodrigues. Todos os chefes de redacção desejaram ao Urbi, as maiores felicidades.