Ana Ribeiro Rodrigues
NC / Urbi et Orbi


O Polis Guarda está a sofrer vários atrasos no seu programa

Por alegada falta de tempo, o Conselho de Ministros não aprovou, na última reunião, o Plano de Pormenor do PolisGuarda. Estavam agendados para homologação cinco documentos, mas apenas foi dado o aval a quatro, tendo o da Guarda sido relegado para uma outra ocasião. O plano, que tinha sido enviado em Maio do ano passado para a Secretaria de Estado do Ambiente, tendo, após ter obtido parecer favorável, sido remetido para Conselho de Ministros, chegou a estar agendado por duas vezes para aprovação, mas na última reunião do Governo foi novamente adiada a decisão. Assim haverá um novo atraso na construção das infra-estruturas no Parque Urbano do Rio Diz, que é considerada "a obra mais marcante" do programa de requalificação ambiental da cidade, uma vez que só com a publicação do plano de pormenor é que a Sociedade PolisGuarda poderá avançar com a expropriação litigiosa de alguns terrenos. A presidente da câmara municipal, a socialista Maria do Carmo Borges, manifesta a sua indignação pelo decurso do processo: "A Guarda deve ser tratada como deve ser. Os senhores que sustentam o Governo acham que na Guarda quanto pior melhor e, portanto, querem impor-se pela negativa". Agora, a autarca espera que o documento seja aprovado logo na próxima reunião, "desconhecendo, contudo, se ainda poderá ocorrer antes das eleições legislativas de 20 de Fevereiro". Já a vereadora social-democrata e líder da Distrital do PSD, Ana Manso, prefere insistir, como tem feito habitualmente, em responsabilizar a autarquia pelos atrasos na concretização dos projectos do Polis e de evidenciar a taxa de execução dos programas de Viseu e de Castelo Branco. No Plano de Pormenor do Parque do Rio Diz estão definidas as áreas urbanas e urbanizáveis, rurais e de salvaguarda estrita. A concretização das propostas deste documento deverá permitir a criação de um novo espaço que valorize a cidade da Guarda, pelo nível de equipamentos presentes, qualidade das soluções arquitectónicas e de arranjos paisagísticos e inserção equilibrada no tecido urbano do aglomerado. Pretende-se que o Parque Urbano seja um espaço de grande atractividade, capaz de acumular múltiplas funções, como a actividade física, o recreio, o lazer e a cultura. Está prevista a construção de percursos de manutenção, ciclovias e pontes pedonais.