Por Hélder Lopes



Os dez primeiros minutos da partida foram decisivos para o Unhais

O Unhais teve um início de jogo fulgurante, criando logo nos primeiros minutos duas situações de perigo junto da baliza adversária. Primeiro por intermédio de Brito, após bom entendimento com Gaspar, mas o guarda-redes Pedro Farias saiu bem aos pés do avançado, cortando a bola. De seguida foi Sérgio Garcia com um remate cruzado a levar perigo para a baliza do Salgueiro.
Mas aos seis minutos, Brito, bem lançado em profundidade, contorna o seu marcador directo já no interior da área, e remata colocado para o primeiro golo do Estrela. Foi um excelente golo do avançado do Unhais que não deu qualquer hipótese de defesa a Pedro Farias.
Aos dez minutos Brígida é derrubado dentro da área do Salgueiro. O árbitro perto do lance não teve dúvidas e apontou para a marca de grande penalidade. Para a conversão, Luís Amaro rematou para o fundo da baliza com o guarda-redes Pedro Farias que ainda tocou na bola.
Com o controlo do meio campo, o Estrela não permitia que o adversário chegasse perto da sua área. O único lance neste primeiro tempo em que a bola rondou a baliza do Unhais foi à passagem do minuto 35, através de um lançamento longo, mas ninguém do Salgueiro conseguiu chegar à bola, perdendo-se pela linha de fundo.
Aos 38 minutos, o Salgueiro fica reduzido a dez unidades com a expulsão de David João por acumulação de amarelos.
Pensou-se que o Salgueiro reduzido a dez unidades teria ainda mais dificuldades em travar a linha avançada do Unhais que até então estava a chegar com muito perigo à sua área. Contudo, nada disso aconteceu porque o salgueiro conseguiu reorganizar as suas “peças” e equilibrou o jogo com dez, coisa que não o conseguiu fazer com 11.
O segundo tempo começou e acabou praticamente como tinha terminado o primeiro tempo. Muito equilíbrio e sem lances de perigo para os guarda-redes. Ainda assim, pertenceram à equipa do Unhais as melhores oportunidades para aumentar o seu score.
Mateus à passagem do quarto de hora, viu a bola ser devolvida pelo poste direito depois de um excelente remate de fora da área.
E, a cinco minutos do final o Estrela chega ao 3-0. Luís amaro lança em profundidade para Vasco, este assiste Carlitos que, sobre a linha de golo estabelece o resultado final. Este lance foi alvo de muitos protestos dos homens do Salgueiro por presumível fora de jogo de Vasco.
Pouco depois o árbitro deu por terminada a partida, com o Unhais a sair vencedor de um jogo onde o adversário não conseguiu efectuar qualquer remate de registo durante os 90 minutos.





A Arbitragem, os técnicos e as equipas



António Carrola teve uma tarde tranquila. No lance de grande penalidade pareceu-nos que ajuizou da forma mais correcta. Quanto ao suposto fora de jogo de Vasco aquando do terceiro golo do Unhais, não nos é possível ver se o jogador estava ou não em posição irregular. No capítulo disciplinar também nada a apontar.
O Unhais começou o jogo praticamente a ganhar. Aos dez minutos já vencia por 2-0. Depois geriu bem o jogo, fazendo circular a bola de pé para pé, como é seu estilo, e que tão bem sabe fazer, não dando assim hipóteses de recuperação aos seu adversário.
Quanto ao Salgueiro. Entrou muito mal na partida. Não conseguiu contrariar a superioridade do seu adversário enquanto jogou com 11 unidades. Depois, a partir do momento que fica a jogar com dez elementos, equilibra a partida. Contudo, nunca foi capaz de descer até à área adversária com perigo.
Fernando Ribeiro, técnico do Unhais vê assim a partida: “Fizemos o resultado cedo e depois fomos guardando a bola durante praticamente todo o jogo. Esta equipa do Salgueiro bateu-se bem, mas demonstrou-se sempre muito inofensiva, não registei praticamente nenhuma oportunidade de golo para o adversário. Estamos num brilhante terceiro lugar que é uma classificação espectacular, e este grupo de trabalho merece o campeonato que está a fazer”. Nuno Carreiro, técnico do Salgueiro apresenta também a sua opinião: “Não podemos entrar num jogo da maneira que entramos. Estávamos completamente descontrolados. Depois começamos a jogar contra o prejuízo, e com dez elementos conseguimos equilibrar a partida e até fomos superiores em grande parte do tempo”.