Por Eduardo Alves


Este "roadshow" veio até à Covilhã incentivar os universitários a criar a sua própria empresa

Segundo o relatório do Eurostat, relatório de estatísticas da União Europeia, cerca de 70 por cento dos jovens portugueses têm ideias para iniciar um negócio por sua conta. Ainda assim, esta cifra reduz-se de forma abrupta no que respeita passar da ideia ao acto.
Foi nesse sentido que várias entidades como a Caixa Geral de Depósitos, a Microsoft, a Universidade Nova de Lisboa, a Universidade da Beira Interior, entre outras, se juntaram para criar o Concurso Nacional do Empreeendedorismo. Este evento tem como principais objectivos estimular a cultura empreendedora entre os estudantes e investigadores, bem como “apoiar o lançamento de projectos inovadores”, explicam os responsáveis.
O concurso em si está dirigido a todos os estudantes universitários de licenciatura ou pós-graduação, “ou que tenham terminado estes graus de formação há três ou menos anos”, acrescenta Maria José Silva docente do Departamento de Gestão e Economia da UBI e também representante da comissão organizadora do evento. A todo este universo de pessoas propõe-se que coloquem a concurso as possíveis ideias ou projectos individuais ou colectivos que “os jovens gostariam de levar avante”, sublinha Bernardo Abecassis representante da Universidade Nova de Lisboa.
Para que as informações cheguem mais depressa aos sues destinatários, os intervenientes neste concurso estão a promover um “roadshow” por todas as Universidades parceiras do evento. A UBI “foi aquela que conseguiu bater todos os recordes em termos de audiência, o que é um óptimo sinal”, explica Bernardo Abecassis.




Apostar nas dinâmicas jovens

Todo o processo, que dará aos jovens interessados um crédito entre os 15 e os 150 mil euros, está faseado em quatro etapas. O seu início tem por base a identificação de novas ideias que se possam tornar em boas oportunidades de negócio. Para entrar no concurso de empreendedorismo, os jovens têm de analisar mercados e possíveis concorrências, tal como definir os produtos a oferecer.
Passada essa primeira etapa, os parceiros do projecto vão apoiar a ideia, integrando-a no mundo real, para que se contacte com potenciais clientes e parceiros. Algo que vai obrigar os autores da ideia a criar um plano de negócios. Numa terceira fase, surge a proposta de um sumário executivo, como que um mapa onde são condensados todos os passos dados e a dar para que o negócio se torne uma realidade. Esta é a última fase, a de se tornar real.
Agilizar, renovar, e incentivar a criação de novas formas de negócio é um dos propósitos deste programa. Uma iniciativa que aposta, sobretudo, “na qualidade e na dinâmica dos jovens portugueses”, sublinha a docente da UBI e representante da comissão organizadora.