Polémica sobre informações
Protecção Civil analisa simulacro
de bomba na Frei Heitor Pinto

Ao que parece, o simulacro que ocorreu na Escola Frei Heitor Pinto, na Covilhã, não constava nas informações do Serviço Nacional de Protecção Civil. A polémica corre agora entre este serviço e as forças de emergência e segurnça da cidade.

NC / Urbi et Orbi


A Protecção Civil de Castelo Branco vai analisar a forma como foi realizado na passada quinta-feira, 17, um simulacro de ameaça de bomba na Escola Secundária Frei Heitor Pinto da Covilhã, do qual não foi informada. Rui Esteves, coordenador do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC) no distrito de Castelo Branco, disse que "a situação vai ser avaliada ao mais alto nível". Na escola, nem alunos, nem professores terão sido avisados de que se tratava de um simulacro quando foi activado o plano de emergência e respectiva evacuação, apenas o Conselho Executivo do estabelecimento de ensino e a PSP tinham conhecimento do exercício. Segundo Aníbal Mendes, presidente do Conselho Executivo da escola, "o objectivo foi realizar um simulacro o mais real possível". Pelas 9 horas e 30, a escola deu o alerta para o 112 da descoberta de um suposto engenho explosivo junto a um pavilhão de aulas. O comandante dos Bombeiros Voluntários da Covilhã (BVC), José Flávio, relatou que "assim que chegou o alerta através do 112, o mesmo foi comunicado para o Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS)"."Desloquei-me de imediato para a escola com alguns homens e viaturas e o hospital foi colocado em prevenção", adianta. Considerando a situação "lamentável", o comandante admitiu que "pode ter havido uma distracção da escola ou da PSP". "Mas nestas situações, deve haver, sobretudo, bom senso", acrescenta. João Amaral, comandante da PSP da Covilhã, diz recusar "polémicas, onde as não há". "A PSP isolou a área, chamou a equipa de minas e armadilhas e uma ambulância. Tratava-se de um simulacro de uma ameaça de bomba, que envolve, em primeira-mão, a PSP. Não exageremos", refere. Segundo Rui Esteves, "houve procedimentos que não foram seguidos pela escola e PSP. Deviam ter avisado o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC)".A Escola Secundária Frei Heitor Pinto é frequentada diariamente por 610 alunos, 110 professores e 50 funcionários.