José Manuel Alves
NC / Urbi et Orbi


O autarca albicastrense lembrou que o Governo de Sócrates tem várias figuras da região

Castelo Branco comemorou no domingo, 234 anos de elevação a cidade, tendo a efeméride sido celebrada durante a Assembleia Municipal convocada para o efeito.
O presidente da Câmara Municipal, Joaquim Morão, após fazer uma retrospectiva desde que assumiu a gestão dos destinos do município, lembrou que "entre outras há mais instituições fundamentais para o desenvolvimento da cidade, nomeadamente, o Instituto Politécnico com os seus cerca de cinco mil alunos ou o Hospital Amato Lusitano, que importa consolidar e fortalecer". Em dia de aniversário, o autarca lamenta que ""Castelo Branco continue a assistir ao fecho de serviços essenciais, sendo o Interior sacrificado, pelo que é altura de dizer basta".Apesar desta contrariedade, o autarca mostra-se bastante optimista quanto ao futuro, já que "voltamos a ter influência política" pelo que "é necessário fazer o trabalho de casa. Se tal conseguirmos temos influência para o conseguir". A concluir, o edil albicastrense salienta o trabalho realizado que "começa a dar os seus frutos" com um executivo que "tem capacidade para ouvir e corrigir, porque não há cidades perfeitas".
Por seu turno, Manuel Pereira (PSD) considera que "a cidade carece de uma atenção especial que não se pode esgotar naqueles que pensam saber tudo e que julgam não precisar de mais ninguém. Todo somos poucos mas se formos todos parecemos muitos", lembrando que "a Câmara Municipal não pode e não deve acantonar-se a um determinado tipo de intervenção que, embora necessário, não consegue romper com um certo estigma que caracteriza as assimetrias entre o Interior e o Litoral". A concluir, o social-democrata lembra que "Castelo Branco não pode, nesta fase do desenvolvimento do País e da própria cidade, depender, quase exclusivamente, dos Lares e dos Centros de Dia para criar emprego deixando passar por si milhares de jovens com qualificação superior".
Celeste Capelo (CDS/PP), considera que "a cidade é a mesma, mas o seu pulsar é diferente. A evolução natural e desejável tornam hoje Castelo Branco uma cidade que é e será sempre do Interior, mas que a nova ordem política e administrativa, tendo como centro decisor Bruxelas lhe podem aportar uma centralidade que merece ser aprofundada e fortalecida".Por seu turno, Ana Maria Leitão (CDU) considera que "a aposta na reafirmação do espaço público é fundamental para os cidadãos, em que Castelo Branco sempre soube encontrar os caminhos para dizer basta a um Governo que desvalorizou os municípios, que não cumpriu a Lei das Finanças Locais".
Cristina Lopes Dias (PS), lembrou que "a autarquia tem vindo a desenvolver políticas e medidas de intervenção municipal, numa lógia de humanização de Castelo Branco, visando uma cidade para as pessoas. Assim, as intervenções de requalificação do espaço físico da cidade, constituem uma componente importante para a elevação dos padrões de qualidade de vida, criando condições para uma nova apropriação do território habitual, frequentemente mais adequado à multiplicidade das formar de utilização do espaço, dos comportamentos e dos estilos de vida que caracterizam uma sociedade
contemporânea".
A socialista considerou que "todas as alterações físicas, sociais e culturais de Castelo Branco, proporcionam uma maior participação cívica dos seus habitantes nos equipamentos da cidade, garantindo mais tempo, mais conhecimento e maior qualidade de vida para todos".
No final da sessão solene, a autarquia atribuiu ao professor Carlos Gama a Medalha de Mérito Cultural pelo seu trabalho desenvolvido em prol da música.