Um projecto que envolve bandas de todo o distrito veio agora à Covilhã
Super Castelo Branco
Festival de música promove grupos regionais

O Super Castelo Branco anda na estrada a divulgar as novas promessas musicais da região Centro. Depois de Lisboa, Cascais e Almada, chegou a vez da Covilhã conhecer algumas das bandas que fazem parte desta comitiva musical.


Por Ana Almeida


A decorrer desde 21 de Janeiro, o Super Castelo Branco veio agora à Covilhã divulgar grupos da região que estão a alcançar algum sucesso no panorama musical nacional. Tree Valley, Jaguar e os Norton foram as bandas que, no passado sábado, apresentaram os seus mais recentes trabalhos no Cine-teatro da Covilhã.
O espectáculo estava previsto para as 22 horas, contudo, devido ao atraso de uma das bandas, começou uma hora depois. Apesar do contra-tempo, os Tree Valley subiram ao palco para, durante cerca de 30 minutos revelarem ao público as suas músicas calmas e melodiosas. Os Jaguar foram a segunda banda a actuar. Os sete elementos que compõem o grupo musical espalharam energia a todo o auditório covilhanense. Já a noite ia longa quando a banda de indie pop, Norton, pisou o palco para revelar as suas originais produções musicais.
As três bandas albicastrenses são algumas das referências musicais da zona centro, promissoras do futuro musical português. Foi precisamente por este motivo que a Skud and Smarty Records em conjunto com a Revista Raia e a Associação Maker tomaram a iniciativa de fazer uma digressão pelo país a revelar os novos talentos musicais nacionais.
Mais do que promover as bandas da zona, a organização deste evento pretende sobretudo mostrar a todo o país a quantidade de bandas que têm surgido na região Centro. “São cerca de 30 a 40 bandas que ensaiam com regularidade e que, inclusive, chegam a gravar os seus trabalhos”, refere João Leopoldo, director da revista Raia. Embora este evento não conte com todos estes grupos, o Super Castelo Branco vem assim contornar as já habituais dificuldades que as bandas beirãs enfrentam para divulgar os seus trabalhos discográficos.
A falta de recursos monetários é uma das principais dificuldades que a organização do Super Castelo Branco está a sentir na tournée. “Esta iniciativa tem a particularidade de não ter apoios de praticamente ninguém, em termos financeiros.” Embora os lucros sejam escassos, João Leopoldo afirma que “este tipo de iniciativas deve continuar a ser feita. É uma forma de promover a cultura regional”.
Para além destes três grupos oriundos de Castelo Branco, a digressão do festival de música conta ainda com as presenças dos Starlux, Musgo, Factor Activo, Mind Yard, Purple Angel, Izumi, NJCrew, Out Standing e PMC.
O disco do Super Castelo Branco está à venda desde o mês de Fevereiro nas lojas discográficas espalhadas pelo país e custa 4,99 euros.