A mais recente produção 
                        do GICC fala sobre a obra do escritor Alçada Batista 
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                       Em cena no Teatro 
                        das Beiras 
                         Memórias de Alçada 
                        Baptista 
                         
                          O Teatro das Beiras 
                        apresenta até 19 de Outubro a peça “Quadros 
                        do Interior”. Um trabalho encenado a partir de duas 
                        obras do escritor covilhanense. 
                         
                         
                         
                        
                           
                               
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                               NC / Urbi et 
                                Orbi 
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                     Está em cena até 
                      19 de Outubro, no Teatro das Beiras, “Quadros do Interior”. 
                      O mais recente trabalho da companhia, baseado nas obras 
                      “Peregrinação Interior” e “Pesca 
                      à Linha”, do escritor covilhanense António 
                      Alçada Baptista. A adaptação do texto 
                      é da responsabilidade de José Carretas, que 
                      assina também a encenação da peça. 
                      “É a nossa visão de uma possível 
                      memória do Alçada Batista sobre a sua infância”, 
                      explica Pedro Fiúza, o actor que vai narrando os 
                      acontecimentos e encarna a personagem do escritor que retratou 
                      a Covilhã antiga e os seus rituais religiosos em 
                      “Peregrinação Interior”. 
                      José Carretas, que deu o seu cunho pessoal ao texto 
                      e retirou daqui e dali os episódios que lhe pareceram 
                      mais interessantes, salienta que não seguiu a cronologia 
                      de nenhuma das obras, que foi entrecruzando. E acrescenta 
                      que “a componente intimista, quase confessional do 
                      autor, quase não é abordada”. “Preferi 
                      as partes humorísticas e factuais e menos as dúvidas, 
                      as angústias do autor, que não são 
                      exactamente as minhas. Interessa-me o lado do humor, o lado 
                      quase nostálgico perante um passado que era para 
                      ele, apesar de psicótico, ternurento”, sublinha. 
                      A peça, com a duração de uma hora e 
                      dez minutos, mostra o ambiente religioso em que Alçada 
                      Baptista foi educado, numa família em que as suas 
                      tias têm uma forte presença, a casa com a criada 
                      trapalhona, numa interpretação muito bem conseguida 
                      de Eva Fernandes e o ambiente em que se moviam os padres 
                      de província. Sempre com apontamentos constantes 
                      de humor. 
                      É também um trabalho onde, segundo José 
                      Carretas, se verifica uma presença religiosa mas 
                      ao mesmo tempo crítica. Reflexo do comportamento 
                      de Alçada Batista. “Ele é um homem de 
                      rituais, mas que consegue ter uma consciência crítica 
                      dentro das situações que viveu ou que inventou. 
                      Não perde nunca a visão exterior do que se 
                      está a passar”, frisa. 
                      Quanto às expectativas, José Carretas diz 
                      que está curioso para ver a reacção 
                      do público, “porque é um estilo de espectáculos 
                      pouco habitual, mesmo pela temática”. Já 
                      Eva Fernandes acredita que o espectáculo será 
                      um sucesso. “Até pelo facto de ser a adaptação 
                      de um texto de um autor covilhanense. Por ser a leitura 
                      de uma época e de um autor”, salienta. 
                      “Quadros das Beiras” está em exibição 
                      de terça-feira a sábado, no auditório 
                      do Teatro das Beiras, às 21h30. Do elenco fazem parte 
                      Flávio Hamilton, Sofia Valadas, Pedro Fiúza, 
                      Sofia Bernardo, Marco Telmo e Eva Fernandes. | 
                   
                 
                
                  
               
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