Leizer Schnitman esteve três dias na UBI para explicar esta área da ciência
Inteligência Artificial
Copiar a natureza

Os alunos de engenharia da UBI puderam durante três dias perceber melhor quais as potencialidades das novas áreas de investigação para o seu futuro profissional.


Por Carina Ascensão


O professor Leizer Schnitman, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), em Salvador, Brasil, foi o orador, a convite do professor Felippe de Souza docente do Departamento de Engenharia Electromecânica da UBI, de dois seminários e um mini-curso destinados aos alunos de engenharia da Universidade da Beira Interior (UBI).
O programa teve início na passada terça-feira, 11 de Outubro, no anfiteatro 8.1, e foi composto por dois seminários cujos temas foram: “Introdução à Lógica Nebulosa” e “Introdução às Redes Neurais Artificiais”; seguido de um mini-curso de oito horas na quinta-feira, 13 de Outubro, e que tratou de “Redes Neurais e Sistemas Fuzzy”.
O professor Leizer, no âmbito da Investigação do Centro de Accionamentos e Sistemas Eléctricos (CASE), demonstrou que a inteligência artificial (IA) é, cada vez mais, utilizada em todo o tipo de indústria. Actualmente a IA é utilizada nas coisas mais comuns do nosso dia-a-dia como na programação da máquina de lavar ou no auto-foco de uma máquina fotográfica, e não só na indústria petrolífera ou militar.
Segundo ele, as empresas estão mais competitivas e precisam, cada vez mais, de dar resultados mais precisos. A IA tem sido uma inovação de tecnologia, uma vantagem que tem sido explorada. O que acontece, é que as empresas nem sempre divulgam o seu recurso à IA pois esse é o diferencial tecnológico delas.
“A inteligência artificial é a ideia do Homem copiar a natureza.” Deste modo o professor Leizer explicou a diferença entre a lógica nebulosa (sistemas fuzzy), tentativa de reproduzir o forma humana de pensar; e as redes neurais, reprodução por parte da engenharia da forma como o cérebro humano aprende e relaciona factos distintos.
Tanto os seminários como o mini-curso estiveram abertos a toda a gente tendo atraído um grande número de alunos. De acordo com o professor Felippe de Souza, com estes seminários e mini-curso, tentou-se mostrar que estas técnicas modernas têm muito para oferecer e que é perfeitamente viável para um aluno finalista de engenharia fazer um projecto nesta área, sendo mais inovador e arrojado que os projectos tradicionais.