A Praça do Município e outras artérias do centro da Covilhã receberam o cortejo de abertura do festival
Festival de Teatro da Covilhã 2005
Gigabombos abrem actividades

Os GigaBombos do Imaginário deram no domingo passado, 13 de Novembro, as boas vindas ao Festival da Covilhã 2005. A chuva e o vento, fizeram alterar os planos do desfile mas, não condicionaram a energia e boa disposição. Cabeçudos, bombos e gaitas, um encontro festivo que, alterou o cenário na Praça do Município, a partir das 15 horas.


Por Amélia Costa


O mau tempo quase que impediu a realização do desfile, pelas ruas da Covilhã e obrigou os tradicionais Gigantones a encurtar o percurso. As pessoas que, se encontram no centro da cidade procuram abrigo dentro dos cafés, em redor da praça. A tarde vai a meio, cai neve na serra, mas eis senão quando, quatro cabeçudos, seis bombos, uma gaita e a festa não está estragada.
Através do som e da dança dos cabeçudos, este grupo artístico, consegue chamar a atenção. Uns espreitam o espectáculo, entre as portas dos cafés, outros, vão ver de perto a animação. O grupo de GigaBombos lamenta o facto de não poder fazer o desfile como estava planeado.
“Era ainda mais divertido ir pelas ruas mas, os plásticos e as tintas dos cabeçudos e dos gigantones, não iriam aguentar a chuva”, refere um elemento do grupo.
Os GigaBombos do Imaginário aproveitaram o momento conforme puderam. E, mesmo abrigados junto à Câmara Municipal da Covilhã, continuaram a actuar, oferendo uma paisagem diferente e com alegria.

“Quadros do Interior”

O Festival de Teatro da Covilhã 2005, organizado pelo Teatro das Beiras, tem presente cerca de 16 espectáculos que, irão decorrer até ao dia 26 de Novembro, no Auditório do Teatro das Beiras.
“Quadros do Interior” é uma peça de José Carretas que inaugurou o palco da Rua das Taipas, no passado domingo. Uma performance baseada em duas obras do escritor Alçada Baptista, “Peregrinação Interior” e “Pesca à Linha”. Os seis intérpretes que, constituem o espectáculo retratam num espaço de uma hora, o modo de vida na Beira Interior. Quando os dias, se resumiam a uma vida marcada por reflexões sobre Deus.
De uma forma humorística, os actores referem-se a uma altura, onde existem duas coisas essenciais, Deus e óleo de fígado de bacalhau.
“Quadros do Interior” aborda vários temas, a influência dos padres, a importância da missa, a recompensa das rezas, o tipo de pobreza que existia, jovens com novos pensamentos e novas formas de vida, devido à influência do demónio. O palco desdobra-se essencialmente, em dois cenários, a casa de uma senhora da Aldeia de Joanes e a igreja da terra.
Do início ao fim, a maneira como os intérpretes reencarnam as personagens, as alegorias do bem e do mal, as diferentes memórias, o próprio vestuário e a fácil identificação do espaço, fazem rir o público.
Em simultâneo, no Auditório do Teatro das Beiras, decorre também, e até ao encerramento do Festival, a exposição” Humor em Sustenido”. Trata-se de várias pinturas e esculturas de Zé D'Almeida, onde o tema principal da exposição está relacionado com a beleza do piano.
Já depois de amanhã, dia 17, vai subir ao palco do Teatro das Beiras, a peça “Music Hall”, a 18 é a vez dos BAAL que apresentam, “O Campo”; Entretanto Teatro, dia 19, com “(Re) apareceu a Margarida”, “Zingareios de Serafina e Malacueca”, do Jangada Teatro, dia 24, “Clean Clown”, dia 25, do Peripécia Teatro e o Teatro Art´Imagem, com “Ratos e Homens”, dia 26, são as peças destinadas ao público em geral.
Destaque ainda para os concertos dos Lumdum, com sons do mundo lusófono, dia 19, e dos Anonima Nuvolari, dia 26, numa viagem através dos últimos 50 anos da canção italiana. Ambos às 23h30. O preço do bilhete diário é 4 euros. Com descontos para portadores do Cartão Jovem, Cartão do Idoso, estudantes e sócios de várias entidades.