Mesmo sem deslumbrar, o Benfica albicastrense justificou a vitória
II Divisão - Série C
Benfica sem fulgor mas com pontaria

Há coisas para as quais não se encontra explicação, por muito que se tente. Muito se falou do golo – que não contou – da União de Leiria em Alvalade e que só o árbitro e o assistente não viram. Acontece que este tipo de lances não é exclusivo da Liga. No último domingo, o Benfica e Castelo Branco viveu na pele o mesmo “drama” dos leirienses.


NC / Urbi et Orbi


Aconteceu à passagem da meia-hora e teve como protagonista Miguel Vaz. O médio encarnado bate um canto de forma directa, a bola descreve um arco, entra na baliza, bate num dos ferros de suporte das redes e ressalta para fora. Os jogadores do Benfica levantam os braços a festejar, os jogadores do Oliveira do Bairro param e preparam-se para recolocar a bola ao centro, as bancadas gritam “golo”, e o árbitro… manda prosseguir a jogada. Uma situação caricata que acabou por prejudicar os albicastrenses e que, só não teve consequências nefastas porque, ainda assim, o Benfica conseguiu vencer o jogo.
Quanto à partida em si, pouco há a destacar. As duas equipas apresentaram-se em campo com sistemas tácticos muito semelhantes e com jogadores de valia idêntica que acabaram por se anular mutuamente. À excepção do já referido lance de Miguel Vaz, há apenas a referir dois remates ao poste da turma bairradina que, com alguma sorte, até poderia ter ido para o intervalo a vencer.
Na segunda metade manteve-se a toada de equilíbrio de forças. Mas, desta vez, a sorte acabaria por bafejar a turma encarnada. Seis minutos após o recomeço, Miguel Vaz volta a bater um canto e, ao segundo poste, Ricardo António consegue desviar para dentro da baliza do Oliveira do Bairro.
Mas ainda se comemorava o tento nas bancadas do Municipal de Castelo Branco e já os forasteiros voltavam a igualar a partida. Braguinha, a melhor unidade da turma visitante, repunha a igualdade no marcador num lance em que a defesa local ficou a ver jogar.
Com o empate no marcador, o equilíbrio volta a ser a nota dominante do encontro. E assim decorre o jogo quase até ao final. Quase, porque em cima dos 90 minutos, quando o Oliveira do Bairro já se encontrava reduzido a dez jogadores, o Benfica repõe a vantagem no encontro com mais um golo de Ricardo António.
Com esta vitória, os pupilos de Quim Manuel ascendem à quinta posição da tabela, apesar de terem a defesa mais batida do campeonato (13 golos sofridos). No último jogo, apesar de não ter feito uma exibição de encher o olho, o Benfica marcou por três vezes – embora só contassem duas – e, por isso, justifica claramente a vitória.